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O papel das pessoas em organizações internacionais

Empresas que operam em organizações internacionais (fisicamente ou não) enfrentam inúmeros desafios que não são encontrados quando apenas atuam nacionalmente, como choques culturais, diferentes lógicas mercadológicas, entre outras situações. Levando em conta a relativamente recente e crescente internacionalização de diversas empresas brasileiras, ainda existem muitas dúvidas em relação ao que está por vir pela frente e como lidar com estes desafios futuros.

Para que consigam prosperar nestes desconhecidos cenários, estes tipos de empresas devem saber utilizar, com inteligência, todos os seus recursos da maneira mais estratégica o possível. Com este fim, neste artigo discutiremos a importância da sábia gestão de um de seus mais importantes ativos: as suas pessoas.

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As múltiplas faces de uma ampla paleta de cores

Não apenas em organizações internacionais, as pessoas que compõem uma empresa influenciarão fortemente no seu perfil e forma de atuação no mercado. Suas diferentes origens, experiências e conhecimento agregarão valor individual e único ao grupo como um todo, complementando aspectos que sem elas não estariam presentes. Para isso é importante que a empresa possua um bom programa de gestão de pessoas, na busca da otimização da utilização destes recursos preciosos, que muitas vezes podem ser mal utilizados ou até mesmo ignorados.

Quando se tratando de organizações internacionais, mais especificamente, este tipo de iniciativa possui diferentes e adicionais responsabilidades, entre elas:

  • Adequar os recursos humanos da empresa aos mercados internacionais, considerando as diferentes culturas, hábitos sociais, etc.;
  • Realizar um acompanhamento pessoal com cada funcionário, buscando minimizar tais diferenças e possíveis choques;
  • Desenvolver estratégias de captação e retenção de funcionários, dado o contexto internacional em questão;
  • Entre outros.

Estratégias da gestão de pessoas em organizações internacionais

Dentre algumas estratégias existentes em relação aos recursos humanos de organizações internacionais, uma bastante comum é a expatriação de executivos, tema tratado no início do mês neste artigo, estão lembrados? Além disso, a contratação de funcionários locais (do novo País de atuação) também é uma prática bastante adotada por estes tipos de empresas, tendo em vista que estas pessoas poderão não apenas trazer o seu conhecimento do mercado e cultura locais, como também poderão abrir novas portas à organização por meio de suas redes de contato. Contudo, nem sempre será imprescindível haver a adoção destes dois tipos de investimentos e estratégias. Em algumas situações, o treinamento dos funcionários já existentes na empresa e o incentivo a participação destes em eventos/capacitações internacionais já podem trazer grandes benefícios à empresa e serem suficientes em dado momento.

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Não há uma fórmula de bolo: cada caso é singular

Mesmo havendo similaridades entre diversos tipos de organizações internacionais – o que pode gerar a formação de estratégias mais generalizáveis -, cada caso é um caso. Principalmente quando se tratando dos primeiros contatos com a internacionalização de uma empresa, é importante haver o desenvolvimento cuidadoso de uma estratégia de gestão de pessoas internacional, para além das estratégias já desenvolvidas pelo setor no mercado nacional. Seja por meio de consultorias, contratação de gestores experientes no assunto ou pesquisas de mercado, o importante a ser ressaltado é que gerenciar pessoas nacional e internacionalmente são assuntos diferentes e exigem estratégias diferentes. Tendo isto em mente, identificando suas prioridades e estando pronto para tomar as devidas providências, é hora de colocar a mão na massa!

 

O autor

MONIQUE RAUPP

MONIQUE RAUPP

Empreendedorismo

Administradora de empresas (ESAG-UDESC, Brasil); Mestre em Administração na área de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade (UFRGS, Brasil), onde estuda a relação de aspectos sócio-culturais no empreendedorismo internacional; Doutoranda em Administração pela UFPR, na área de Estratégia e Análise Organizacional; Experiência em co-lecionar disciplinas na UFRGS, entre elas Empreendedorismo & Inovação, Marketing e Negócios Internacionais na Administração Pública; Pesquisadora nas referidas áreas há mais de 5 anos, com períodos de estudos na França (École de Commerce, Clermont-Ferrand)e Estados Unidos (Harvard University, Boston), além da participação em diversos congressos científicos na área de Administração e Engenharia (Brasil, Colômbia, EUA e Inglaterra). Eterna incentivadora da expansão e aproximação de culturas por meio de negócios internacionais e em prol dos mesmos.

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