Qual a importância do transporte rodoviário na intermodalidade?

Entre as vinte principais economias do mundo, o Brasil apresenta o maior custo de logística para as empresas. De acordo com estudo feito pela Fundação Dom Cabral as organizações dispendem, em média, quase 13% do faturamento bruto com esta rubrica. Enquanto que nos Estados Unidos são 8,5% e na China 10%, apenas para citar dois exemplos. Diante desses números o tema é de fundamental importância para ser administrado pelas companhias e manter a competitividade, e ainda ressaltar o debate sobre intermodalidade.

E o que caracteriza o trasporte intermodal?

É válido lembrar que o transporte intermodal se caracteriza pela utilização de dois ou mais modais (podendo ser o marítimo e rodoviário, por exemplo) em uma mesma operação. Se for utilizada de forma objetiva, pode reduzir significativamente os custos logísticos.

Neste contexto, o deslocamento rodoviário ganha relevância, pois, ocupa 65% do mercado nacional e pode ser integrado com todos os outros modais. A malha ferroviária, por exemplo, é quase 50 vezes menor que a rede rodoviária. Os trilhos não chegam a todos os portos e sempre há necessidade da contratação da chamada ‘perna’ rodoviária para completar os percursos.

Seja da produção do arroz do interior do Rio Grande do Sul, que deixa o Brasil pelos portos catarinenses. Ou das mercadorias importadas que chegam pela via portuária e concluem o seu destino trafegando pelas estradas. O transporte rodoviário está sempre presente.

Este modal é o principal meio de abastecimento do mercado industrial e comercial do país. É um dos setores que mais emprega profissionais, tendo mais de 1,2 milhões de caminhoneiros registrados na Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). E até mesmo na questão ambiental pode-se dizer que melhorias vem ocorrendo, com os veículos sendo equipados e montados para reduzir os índices de poluição.

Nosso país possui estrutura territorial para a implantação de um sistema logístico de multimodalidade que pode ser determinante nas questões de competitividade e por consequência, redução do custo final dos produtos. Adotar as melhores estratégias com os melhores parceiros comerciais pode contribuir para a garantia de operações logísticas mais eficientes e eficazes e por consequência maior satisfação de toda a cadeia produtiva.