Transporte de cargas congeladas ou resfriadas
No início do mês fizemos um post falando sobre os diversos tipos de contêineres e agora voltamos com o assunto ao falar sobre o tratamento especial para o transporte de cargas congeladas ou resfriadas, que geralmente são as mercadorias transportadas nesse caso.
Algumas cargas precisam de tratamento especial durante todo o processo logístico. É o caso das mercadorias cuja temperatura deve ser controlada a fim de evitar a deterioração. Por isso, os portos que movimentam produtos com essas necessidades dispõem de uma estrutura específica para abrigar contêineres “reefers”, aqueles que têm carga congelada ou refrigerada.
“As cargas que necessitam de refrigeração, ao entrar no porto, são direcionadas para a área de contêineres reefers, onde são plugadas nas tomadas e recebem acompanhamento de temperatura”, explica Ellen Garcia, analista de marketing da Portonave, empresa que conta com 2.130 tomadas para receber esses contêineres e uma câmara frigorífica – a Iceport – totalmente automatizada. No caso do Porto de Navegantes, segundo Ellen, as mercadorias mais comuns são frango, carnes e peixes, que precisam estar congeladas, além de frutas, que devem ter a temperatura controlada.
Demanda crescente
A demanda por cargas que necessitam de algum tipo de refrigeração é crescente. Tanto portos quanto armadores e outros elos logísticos estão constantemente investindo para ampliar a oferta e desenvolver tecnologia capaz de diminuir os custos, com maior eficiência no uso de energia elétrica e na conservação da temperatura desejada.
A MSC, segunda maior empresa de transporte marítimo de contêineres do mundo, por exemplo, dispõe de aproximadamente 1 mil especialistas em refrigerados que orientam os clientes em cada passo da preparação da carga.
Mesmo com todos os avanços, é inevitável que o custo para manter contêineres reefers no porto seja mais alto do que uma carga tradicional, já que há despesas adicionais como a energia elétrica e o monitoramento. “As temperaturas são mantidas conforme especificação informada pelo armador, tanto para cargas refrigeradas quanto as congeladas”, menciona Ellen. Se necessário, o porto permite a alteração da temperatura, solicitação que cabe ao armador.