Pelo tamanho e pela abrangência, a Feira de Cantão é considerada a maior feira de exposição do mundo. Organizada por uma empresa com participação governamental, a feira é dividida em três períodos, as chamadas fases, de cinco dias cada. São mais de 10 pavilhões e 1 milhão de metros quadrados para poder atender todas as variedades de produtos com seus mais de 60 mil expositores. Com isso, não é difícil se encantar e criar muita expectativa entorno do evento. Mas, afinal, vale a pena visitar a Feira de Cantão?

A diversidade pode tirar o foco

Todo empreendedor está constantemente buscando oportunidades de negócios e, certamente, a Canton Fair pode ter um papel promissor neste sentido pela variedade de produtos que se pode encontrar. O maior mal, no entanto, é ir ao evento sem um foco específico, considerando que as ideias surgirão durante a participação. É claro que isso pode acontecer e as ideias de fato são aprimoradas lá. Entretanto, a imensidão do evento e a diversidade podem confundir as percepções, tirar o foco e fazer perder as diretrizes de um bom negócio. O ideal é sair em direção à feira com focos específicos, considerando a variação dentro daquele próprio intuito. Como diz em “Alice no País das Maravilhas”, “se você não tem um objetivo definido, qualquer caminho que tome leva a lugar nenhum”.

Preparação da viagem

Já estive mais de dez vezes na China e posso dizer que uma viagem até lá não é nada fácil. Seja em custo e desgaste físico, afinal são em média 30 horas de deslocamento e fuso horário invertido, demanda um planejamento bacana. Antes de sair de viagem, busque a lista de expositores e tente fazer contato antecipadamente com empresas. Com certeza, já chegará mais preparado para a negociação. Se for possível visitar os parceiros desenvolvidos, certamente, será um passo dado na direção do relacionamento. Para isso, é preciso deixar no mínimo três dias para o deslocamento e a visita. Lembre que a China é maior que o Brasil e a região de Cantão está para Pequim ou Xangai como o Sul do Brasil está para o Nordeste.

Feiras direcionadas ao setor

No relacionamento com alguns parceiros de negócios na China, já ouvi bastante sobre a não participação na Canton Fair. Em geral, eles argumentam que não conseguem fazer negócios porque os visitantes são mais curiosos do que empreendedores. Eles dizem ainda que preferem participar de feiras que sejam segmentadas para os seus nichos específicos, pois assim os negócios evoluem mais efetivamente. Ou seja, são compradores que sabem exatamente o que procuram e a tendência de desenvolvimento é maior. Por isso, se já existe um segmento definido, é interessante procurar eventos também que possam reunir e concentrar mais especialistas da área. Sabemos que nem sempre isso é possível e, por isso, a Feira de Cantão continua sendo uma grande alternativa.

Resultados de uma oportunidade bem aproveitada

Eu acredito tanto na Feira de Cantão que estou indo mais uma vez acompanhar clientes neste Outubro. Eu diria que ela é o primeiro contato com a China. A partir da experiência nela, o empresário pode definir novos passos, encontrar outras oportunidades e usufruir delas e ainda preparar uma nova viagem no ano seguinte para aproximar e melhorar o que percebeu na primeira experiência.

Caso tenha interesse de saber mais sobre a China e suas potencialidades, entre em contato com a UNQ Import Export. Nós poderemos dar as melhores soluções.

Marcelo Raupp

marcelo.raupp@unq.com.br

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O autor

Marcelo Raupp

Negócios na Ásia

Sócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.