O Potencial Especulativo em uma Economia Insegura
O momento de grande expectativa na performance da economia mundial tem oportunizado aos investidores especuladores trabalhar para maximizar seus ganhos. As informações globais são utilizadas para influenciar no câmbio conforme seus interesses e assim possibilitam uma variação considerável em um curto período.
Já vimos aqui que os acontecimentos são inúmeros. A situação da Grécia junto à União Européia, a expectativa sobre a economia americana, a desaceleração na China e os movimentos do ajuste fiscal no Brasil são motivos diários de especulações. Basicamente, os investidores se apoiam em alguma informação para guiar o câmbio na direção de seu interesse. E nessa oscilação, nesse sobe e desce da moeda americana, os investidores compram e vendem dólar maximizando os seus lucros.
Para termos uma ideia de como a oscilação tem sido constante e em valores significativos, no dia 13 de abril, o dólar estava a R$3,10. Três dias depois, era cotado a R$3,02. No dia seguinte, R$3,05. No dia 28 de abril, o dólar fechava a R$2,89. Uma semana depois, no dia 04 de maio, estava a R$3,07. Na última sexta, a moeda americana fechou a R$2,99 e ontem a R$3,02.
Este jogo especulativo é ainda mais evidente quando temos um fato importante no mercado internacional e a direção do dólar é no sentido contrário às expectativas. Como há muitas movimentações mundiais, tem sido fácil apoiarem suas justificativas no sentido contrário. Por exemplo, se o balanço da Petrobrás leva a alguma tendência, dados do estados Unidos são utilizados para guiar no sentido contrário.
Esta é mais uma consequência de uma situação econômica instável e o potencial das especulações é imenso. São muitas mudanças com um cenário inseguro e rápidas informações com especuladores ligeiros e de interesses particulares. Um lado ruim do mundo dos negócios sobre o qual temos que saber lidar.
Por ora era isso! Na Zdrowie!
Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br
O autor
Marcelo Raupp
Negócios na ÁsiaSócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.