E se a carga não for suficiente para completar o contêiner?
Serviço de frete fracionado permite rateio de custos conforme volume e peso da carga
Não é preciso fechar um contêiner inteiro para começar a explorar os benefícios de uma cultura internacional. A alternativa para quem importa ou exporta pequenos volumes é dividir o embarque com outros importadores ou exportadores, de modo que todos juntos completem uma carga.
Esse serviço é conhecido como LCL (Less Container Load). Segundo o especialista em transporte internacional da Ethima Logistics, Rafael Schneider, a principal vantagem da modalidade é redução do custo do frete. “Esses custos são rateados conforme o volume e o peso da carga, tornando a operação mais econômica”, resume.

Como toda operação de transporte internacional, Schneider lembra que o frete de cargas consolidadas tem características que demandam atenção por parte de quem importa ou exporta. Uma delas é a frequência de saídas dos embarques normalmente menor e um tempo de trânsito maior. “O exportador da carga também pode ter um pouco menos de tempo para organizar o processo, uma vez que, para embarques consolidados, o deadline tende a ser menor devido aos trâmites envolvidos para preparar o embarque e fechar a consolidada”, explica o especialista.
Ele orienta que, em caso de dúvida, uma consulta com um profissional pode ajudar a avaliar qual a opção que melhor atende às necessidades do embarque.
Para garantir o sucesso no transporte de um contêiner contendo cargas de vários clientes, é preciso que as características da carga sejam compatíveis com essa modalidade. “Peso, dimensões e volume são fatores importantes, pois cargas muito pesadas, extra dimensionadas ou muito volumosas podem perder as características para embarque consolidado, tornando os custos muito altos”, afirma Rafael.
No transporte na modalidade LCL, não é possível realizar o embarque de produtos refrigerados ou congelados, por um motivo óbvio: seria necessária a compatibilidade de temperatura entre todos os produtos, o que torna o processo inviável.
Mas nada impede que sejam aproveitados os contêineres reefer desligados, em condição conhecida como NOR (Non-Operating Reefer). “É muito comum pelos consolidadores, principalmente da China, pois, como o Brasil tem uma demanda grande desse tipo de equipamento para a exportação de cargas congeladas, o valor do frete acaba sendo menor do que o contêiner dry (tipo mais comum de contêiner)”, finaliza Schneider.
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