SC deve aumentar participação no mercado global
A gestão do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), reabriu a Secretaria de Articulação Internacional. O empresário do ramo automotivo e de ‘startups’, Derian Campos, foi o escolhido. Brasileiro, com cidadania norte-americana, tem a missão de diversificar as relações de mercados internacionais catarinenses, além de promover o incentivo às exportações de outros produtos, além do já reconhecido potencial agrícola e rural. Em entrevista ao OMDN o secretário fala que uma das metas é tornar Santa Catarina o estado mais global do Brasil.
Qual o papel da Secretaria de Articulação Internacional? É uma atividade mais diplomática ou de negócios de fato?
A Secretaria de Articulação Internacional atua dentro de três pilares:
Relacionamento e Articulação Internacional: que é a atividade diplomática do Estado, que trata do relacionamento com Consulados, Embaixadas e tratados e cooperações internacionais; Captação de Investimentos
Estrangeiros: através deste pilar vamos buscar investimentos estratégicos para o crescimento sustentável do nosso estado, criando novas vagas produtivas e aumentando a geração de riquezas;
Aumento das Exportações: com o incremento dos países já consumidores dos nossos produtos e através da abertura de novos mercados. Portanto, nossa secretaria é muito mais voltada a negócios do que apenas relações exteriores. Nosso planejamento é tornar Santa Catarina o estado mais global do Brasil.
O que os empresários catarinenses podem esperar da sua atuação em frente à pasta?
Aceitei o desafio do governador Carlos Moisés por ser uma pasta que representa o trabalho que faço na iniciativa privada há muito tempo. Morei no exterior por 16 anos, e sempre atuei na abertura do mercado externo e parcerias globais. Acredito muito no potencial que o nosso estado tem em aumentar significativamente sua participação no mercado global, seja através das exportações ou da vinda de empresas estrangeiras investindo aqui.
Quais países estarão entre as prioridades de articulação?
Esta informação faz parte do nosso planejamento estratégico, então devemos manter em sigilo nosso plano de prospecção, mas posso afirmar que, com inteligência de mercado e expertise, vamos atuar fortemente nos locais que mais oportunidades têm a oferecer para Santa Catarina.
A China é uma oportunidade ou uma ameaça?
A China certamente continua sendo uma grande oportunidade. Um país que vai ter um incremento no seu PIB (GDP) de U$ 23,2 trilhões para U$ 64,2 trilhões em dez anos deve estar no radar de qualquer estratégia comercial global.
Os empresários do sul de Santa Catarina carecem de uma logística internacional capacitada. Não há um aeroporto próximo e o porto de Imbituba vive momentos de incertezas. Como articular internacionalmente vantagens para empresários que sofrem de tamanha desvantagem logística?
Santa Catarina oferece vantagens competitivas em relação a outros estados, mas certamente nosso papel como facilitador do comércio exterior é estar atentos a todos os fatores que incidem sobre o setor. Acredito no grande potencial de crescimento de internacionalização do Sul do estado. É necessário potencializar a demanda do porto de Imbituba, um dos melhores do estado, buscar auxiliar viabilidade da implementação da ferrovia litorânea, que irá interligar os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul, e incentivar o aumento de ofertas de novas linhas para o aeroporto de Jaguaruna. Vamos ajudar a buscar soluções e investimentos para o modal da logística para o Sul e todo o Estado. O que nos anima é ver que existe muita oportunidade de investimento estrangeiro de olho em Santa Catarina, e não vamos poupar esforços para buscar as melhores soluções para nosso estado.