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A crise no Brasil é brasileira!

Ontem, falamos sobre a crise no Brasil, justificando que ela é realmente brasileira e não mundial como o governo tem tentado argumentar. Mesmo que em alguns casos, como a China, os crescimentos sejam menores do que os outros anos, são ainda crescimentos expressivos, o que não passa nem perto da recessão brasileira. Para se ter uma ideia, a expectativa de crescimento na China é de 6,8%, enquanto no Brasil há uma expectativa de retração de 1,0%. Números absurdamente diferentes.

PIBs

Analisando alguns países vizinhos, no entanto, percebemos a dificuldade instaurada. O que é interessante perceber é que as dificuldades existentes, em geral, foram geradas pela forma errada de administrar, pela corrupção, pela ineficiência governamental e também pela gestão centrada em interesses particulares. Ou seja, todos problemas internos.

A Venezuela, por exemplo, tem grandes problemas econômicos devido ao controle exagerado promovido pelo governo local. Para se ter uma ideia, todas as compras de celulares devem passar pela empresa intermediária do governo. Como a sua principal receita, o petróleo, caiu 50% de valor, a empresa não tem dólares suficientes para importar celulares. Com isso, as pessoas ficam meses na fila para conseguir um smartphone e, quando conseguem, tem que pagar, por exemplo, mais de USD47.000,00 em um IPhone6, o que soa até como piada de mau gosto.

Claro que o mercado internacional influencia. É o caso venezuelano da redução do preço do petróleo no mundo. Mas os países precisam estar preparados para uma economia globalizada. É por causa de decisões internas, feitas de forma errada pelo governo, de gestões ultrapassadas e engessadas, e de caráter individual, sem pensar no país como um todo, que essas crises se desenvolvem e o país não consegue ter ferramentas para virar o jogo. É assim na Venezuela. É assim na Argentina. É assim no Brasil e em todos os países com gestão ultrapassada. A crise é interna.

Ao fazer negócios com países com estas características, consulte um especialista. Os resultados serão proporcionais ao investimento.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

O autor

Marcelo Raupp

Marcelo Raupp

Negócios na Ásia

Sócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.

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