Mesmo com crescimento, exportações para a França rendem 17,9% a menos para o Brasil
Mesmo com crescimento, exportações para a França rendem 17,9% a menos para o Brasil
Em 2015 as exportações para a França renderam 17,9% a menos para o Brasil, mesmo com aumento no volume de produtos exportados para o país. A diminuição das vendas externas ocorreu pela queda do preço dos commodities.
No período entre janeiro e outubro de 2015 a França importou US$ 1,972 bilhão em mercadorias brasileiras. Em relação ao mesmo período do ano passado as compras do país europeu atingiram um nível superior (US$ 2,402 bilhões), no mesmo período o real valia, em média, 29% a menos em relação ao dólar.
Mesmo que o valor das vendas externas para a França tenham diminuído, o volume exportado aumentou. No período entre janeiro e outubro de 2014 o Brasil vendeu 8,753 bilhões de quilos de produtos para a França, em igual período de 2015 a quantia foi 2,206 milhões. Entre os produtos mais negociados com o país europeu estão os derivados do óleo soja com 26,7% das compras, o minério de ferro com 9,2%, pasta química de madeira com 7,9%, soja 6,6% e café 5%. Para o diretor da UNQ, Marcelo Raupp, o enfraquecimento da moeda brasileira acabou por favorecer os exportadores. “A queda do preço foi compensada, de certa forma, pela alta do dólar. Os preços em dólares foram reduzidos, mas a rentabilidade em real “recuperou” na conversão”, analisa.
Confira no gráfico, a análise do preço de commodities como a soja, na categoria alimentos, que estão em queda.
O autor
Marcelo Raupp
Negócios na ÁsiaSócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.