Exportação – A Salvação da Pátria
O Brasil enfrenta um problema de demanda claro. São mais ofertas de produtos do que compradores potenciais. Sem vender seus produtos, as empresas têm que reduzir seus custos e, muitas vezes, isso acontece através de demissões. Com mais desempregos no cenário econômico, reduz-se ainda mais o potencial de compra, já que o consumidor tem menos dinheiro para gastar. Isso gera uma diminuição ainda maior da demanda e o Brasil entra em um ciclo econômico negativo, onde as pessoas compram menos e as empresas empregam menos.
Por que a exportação é a salvação da pátria?
Para sair deste ciclo, é preciso encontrar demandas fora do Brasil. Ou seja, buscar no exterior compradores em potencial para os produtos que a empresa não consegue vender aqui. Através da exportação, as empresas voltam a ter necessidade maior de produção e contratam mais. Com mais empregos, os consumidores voltam a ter dinheiro e aumentam seu potencial de compra. As empresas voltam, assim, a crescer dentro das vendas no próprio país.
O que o Governo disponibiliza para quem deseja exportar?
Diante desta realidade, o Governo tem fomentado de diversas formas a abertura de mercado estrangeiro. No primeiro momento, apresentou o Plano Nacional de Exportação que iniciou no ano passado com negociações bilaterais em diversos países para aproximação comercial. A desburocratização também tem sido uma busca interessante, mas ainda há muito a se fazer neste sentido (para se ter uma ideia, em alguns processos de exportação, é preciso repetir o CNPJ da empresa mais de 25 vezes, o que soa como piada de mau gosto). E o mais importante que tem sido feito são os financiamentos através do Programa de Financiamento às Exportações (PROEX) que conta com o BNDES e mais recentemente com o BRDE e apoio da FIESC. Planos interessantes que o empresário deve ter acesso para entender melhor as oportunidades.
Os resultados já têm aparecido, mas as empresas ainda têm que se ligar
Pela primeira vez, depois de 17 meses, as exportações registraram crescimento, se comparado com igual período do ano anterior. E mais do que a estrela no casting de lamentações da economia brasileira, o aumento das exportações acaba sendo o alento para sair da crise. Para algumas empresas, no entanto, ainda parece muito difícil o acesso ao mercado internacional (estima-se que 60% das exportações esteja concentrado em apenas 50 empresas). No final, com as condições de apoio apresentadas, ou o paradigma vai e a empresa fica ou inverso será muito mais dolorido.
Por ora era isso! Na Zdrowie!
Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br
O autor
Marcelo Raupp
Negócios na ÁsiaSócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.