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A preparação do Brasil para receber os estrangeiros

Coluna2608

Na última semana precisei fazer uma viagem de negócios a João Pessoa, Paraíba. Durante as escalas da viagem, deparei-me com a movimentação de pessoas que se deslocavam para os jogos olímpicos. Naturalmente, fiquei mais atento, tentando analisar como empresas brasileiras buscaram se preparar para recepcionar os turistas brasileiros e estrangeiros. Não quero entrar no mérito, se sou ou não favorável aos jogos olímpicos no Brasil, mas no que presenciei em termos de melhorias em infraestrutura e serviços durante esta viagem.

Pilotos e comissários de bordo melhoraram seu inglês

Ao fazer 3 escalas para chegar a João Pessoa e 2 escalas no retorno, percebi que todas as comunicações durante os voos eram traduzidas em 3 idiomas – português, inglês e espanhol. O que era nítido, no entanto, é que tanto as falas dos pilotos quanto a dos comissários, não eram com base em textos decorados, como muitas vezes presenciei em viagens anteriores. Percebi que a tripulação realmente estava preocupada em falar de forma clara e correta os textos nos idiomas estrangeiros, o que mostra pelo menos, um comprometimento das companhias aéreas em receber bem os turistas.

Melhorias de infraestrutura nos aeroportos

Em termos de infraestrutura, muito se fala que os investimentos não foram feitos e que nossos aeroportos continuam sucateados. Não foi o que presenciei na ida, tanto em Congonhas como no aeroporto de Brasília, e na volta, em Guarulhos e Porto Alegre. Brasília, principalmente, é um aeroporto moderno, confortável, limpo, com ótimo sistema de telões com informações de voo e um sistema de áudio de ótima qualidade. Não perde para aeroportos em muitos países desenvolvidos. Outro aspecto que me impactou positivamente foi a qualidade e velocidade de internet gratuita em todos aeroportos.

O brasileiro é o maior ativo do Brasil

Sem dúvida alguma, o aspecto mais interessante que presenciei durante a viagem foi que, apesar de muitos brasileiros não falarem inglês, muitas de nossas limitações são supridas pela boa vontade, amabilidade e prontidão de ajudar que nós brasileiros temos. Estava comendo uma pizza no aeroporto de Brasília e vi uma família de ingleses, marido, esposa e dois filhos. Eles estavam tendo dificuldade em pedir uma pizza, coca-cola e cerveja no guichê de um restaurante. A atendente, apesar de não falar inglês, muito atenciosa e através de mímicas, tentava ajudar. Logo em seguida, duas pessoas, percebendo a dificuldade, rapidamente se prontificaram a fazer o papel de interprete ajudando o inglês a fazer o pedido. Foi nítida a sua surpresa positiva ao ser ajudado de forma espontânea pelos brasileiros.

O maior legado olímpico do Brasil para o mundo

A maior conclusão que obtive nesta viagem, no que diz respeito ao tão falado legado olímpico do Brasil para o mundo, é que apesar de todas as dificuldades, temos em nosso DNA um carisma e um senso de ajuda ao próximo que poucos países têm. Talvez, esteja aí a grande fonte de mudança em nosso país, se buscarmos este espírito de ajuda e união, não somente nas olimpíadas, mas sim para cobrarmos mudanças em nosso país, para trabalharmos nas melhorias que tanto nos queixamos, para pensarmos mais no coletivo no dia a dia e não só nos grandes eventos.

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