Agilidade nas estradas
Contratação de uma transportadora especializada reduz riscos
No sul de Santa Catarina, os caminhos para as mercadorias chegarem do exterior ou viajarem para fora do país passam, quase que obrigatoriamente, pelas estradas. E, no caso do comércio internacional, o transporte rodoviário precisa ser tratado com a mesma seriedade que o marítimo ou o aéreo, pois as particularidades dos processos são constantes do começo ao fim da viagem.
“As cargas transportadas em containers exigem muita atenção já que temos que cumprir horários apertados, o que não acontece no transporte convencional”, explica Fernando Sartor, sócio da Translara Transporte de Cargas, de Cocal do Sul, especializada em comércio exterior. O não cumprimento destes horários para a coleta de uma carga importada ou entrega de uma carga de exportação pode gerar uma multa de no show, custos de reagendamento e até perda do embarque. Os custos podem facilmente ultrapassar os R$ 1.000,00 por dia.
Particularidades
Isso acontece porque ao contrário do transporte rodoviário nacional, nas importações e exportações com contêiner, a retirada e embarque nos portos têm agendamentos prévios que precisam ser cumpridos. No caso das importações, após a nacionalização das mercadorias, o importador é avisado que a carga se encontra disponível e então pode agendar o horário que ela será retirada. Já para exportar, a empresa brasileira compra um lugar no navio e, se perder o horário de entrega, a embarcação parte sem a carga. Em ambos os casos, as multas são aplicadas. Além disso, há também atrasos para entregar as mercadorias, necessidade de reagendamentos e possíveis despesas com armazenagem.
“Temos uma janela de duas horas para realizar as operações dentro dos terminais e caso não seja cumprida, precisamos reagendar com rapidez para evitar custos extras”, complementa Fernando. Para ele, o segredo para processos bem sucedidos é o trabalho preventivo para antecipar as situações problemáticas. “A transportadora precisa estar atenta aos agendamentos, ao tempo de viagem, saber em média o tempo que o embarcador leva para estufar o contêiner, os horários de trânsito e os gargalos que o motorista pode encontrar pelo caminho”, explica.
Especialistas
Além disso, os caminhoneiros precisam de treinamento especial para informar qualquer imprevisto à base e possibilitar as soluções rapidamente. “O motorista precisa conhecer como funciona a dinâmica do porto, dos terminais. Temos muitas situações de profissionais que saem das operações tradicionais e migram para o transporte de containers. É necessário treinamento e adaptação”, alerta.
Outro ponto importante que diferencia o serviço de transportes comuns de um especializado em comércio exterior é o relacionamento mais próximo com as operações portuárias, o que dá mais agilidade em todas as etapas. “No caso da Translara, contamos com ponto de apoio em Itajaí para facilitar os trâmites com as documentações físicas necessárias. Quando estamos no local, também melhoramos o nosso contato com os parceiros e temos maior facilidade para acessar os terminais”, conclui.
Matéria originalmente publicada no caderno O MUNDO DOS NEGÓCIOS. Para receber uma cópia, envie email para imprensa@unq.com.br.