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As Consequências da Explosão na China

A variação cambial continua sendo tema na China. Nos últimos anos, os EUA cobraram um posicionamento sobre uma falsa desvalorização da moeda chinesa mantida pelo governo, já que a China continuava crescendo e não havia motivo para os valores controlados pelo governo. Entretanto, o Yuan desvalorizado mantinha os preços chineses baratos diante de outras economias e estimulava a exportação. Por isso, a incomodação americana, que buscava se reerguer depois de um momento econômico crítico.

Na última semana, os números menores de crescimento do país asiático abriram a oportunidade para a China ratificar a desvalorização e a cobrança dos EUA foi imediata. A China se defendeu dizendo que precisa adequar os valores à realidade econômica, dizendo que o processo de valorização pode acontecer nos dois sentidos, conforme os resultados obtidos.

Explosao Tianjin

Outro problema do governo chinês são as perdas com a explosão que assolou o Porto de Tianjin, no norte do país, e as repercussões sobre as circunstâncias. Foram quase 3km de destruição e mais de 100 mortos em um acidente que continua sob investigação sigilosa. A presença de cianeto de sódio, que explode no contato com a água, mostrou falta de controle sobre os produtos armazenados na região, já que a explosão maior aconteceu depois da atuação dos bombeiros.

Para o mundo dos negócios, além da atenção da crise interna chinesa, é preciso verificar a nova logística de atividade para aquela região, já que é um porto com intenso movimento de exportação. E, claro, continuar atento à retomada da economia chinesa, verificando as vantagens da desvalorização do Yuan por aqui.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@gmail.com

 

O autor

Marcelo Raupp

Marcelo Raupp

Negócios na Ásia

Sócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.

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