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Indústria brasileira volta a contratar visando atender exportações

Indústria brasileira volta a contratar visando atender exportações

Mesmo com recessão interna, câmbio favorece vendas

Têxtil - Segmento

Segundo a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), de janeiro a abril, houve um crescimento nas exportações da indústria de transformação de quase 15% no comparativo ao mesmo período do ano anterior. As altas maiores foram registradas para produtos têxteis (27%), veículos automotores (18%) e máquinas e equipamentos (17%). E visando atender esta demanda, as contratações de colaboradores temporários por montadoras e demais empresas voltaram a acontecer.

Para o diretor da UNQ Import Export, Marcelo Raupp, especialista em Comércio Exterior, os números são reflexo da mudança política e econômica no país. “Após as incertezas políticas geradas pela saída da presidente, o mercado voltou à ativa. Reflexo também da desvalorização do real e do produto brasileiro mais competitivo nas negociações internacionais”, esclarece.

Balança comercial

Neste ano, os economistas já estimam que o superávit da balança comercial deve ser de US$ 50 bilhões, também favorecido pela queda das importações. Se confirmado, será o melhor resultado da série histórica. “A Argentina contribuiu com esses números a partir da retirada de medidas protecionistas pelo novo governo de Maurício Macri. Acordos com Peru e México também foram importantes para a retomada do crescimento, mesmo sem um cenário externo tão positivo”, analisa Raupp.

A Sondagem da Indústria, apurada pelo Ibre/FGV, também mostra que há otimismo dos empresários com o comércio internacional. No trimestre encerrado em maio, o indicador ficou em 104,6 pontos, praticamente estável em relação à leitura anterior. Para a demanda prevista para os próximos três meses, o indicador aumenta para 104,9 pontos – o mais alto desde novembro. Quando o índice fica acima de 100 pontos, há mais respostas favoráveis do que desfavoráveis, ou seja, mais empresários indicaram que a demanda externa está positiva.

O otimismo com o cenário internacional fica evidente porque o índice geral de confiança da indústria, que inclui a demanda interna, está em 79,2 pontos. “Apesar de os dados de demanda externa estarem caindo na ponta, há uma previsão de manutenção de um patamar de exportação para os próximos meses”, afirma Tabi Thuler Santos, economista do Ibre/FGV e coordenadora da pesquisa.

Dia da Marinha Brasileira e sua importância para o comércio exterior

Dia da Marinha Brasileira e sua importância para o comércio exterior

DIA DA MARINHA BRASILEIRA

No dia 11 de junho comemoramos o Dia da Marinha Brasileira. Entidade relevante para o comércio exterior brasileiro já que aproximadamente 90% da logística é realizada por via marítima.

 
Entretanto, atualmente a participação de navios de registro brasileiro no comércio exterior é muito pequena. Empresas brasileiras que operavam cerca de 90 de embarcações com bandeira nacional foram reduzidas para 40.

 
O comércio depende fortemente de navios estrangeiros. A participação de navios com bandeiras estrangeiras cresceu de 74% para 82%. A receita gerada pelos fretes do transporte marítimo no Brasil está em torno de R$ 6 bilhões. O comércio exterior é responsável por negócios que ultrapassam os R$ 100 bilhões anuais.

Indústria brasileira volta a contratar visando atender exportações

Indústria brasileira volta a contratar visando atender exportações

Mesmo com recessão interna, câmbio favorece vendas

UNQ - Contratação

Segundo a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), de janeiro a abril, houve um crescimento nas exportações da indústria de transformação de quase 15% no comparativo ao mesmo período do ano anterior. As altas maiores foram registradas para produtos têxteis (27%), veículos automotores (18%) e máquinas e equipamentos (17%). E visando atender esta demanda, as contratações de colaboradores temporários por montadoras e demais empresas voltaram a acontecer.

Para o diretor da UNQ Import Export, Marcelo Raupp, especialista em Comércio Exterior, os números são reflexo da mudança política e econômica no país. “Após as incertezas políticas geradas pela saída da presidente, o mercado voltou à ativa. Reflexo também da desvalorização do real e do produto brasileiro mais competitivo nas negociações internacionais”, esclarece.

Balança comercial

Neste ano, os economistas já estimam que o superávit da balança comercial deve ser de US$ 50 bilhões, também favorecido pela queda das importações. Se confirmado, será o melhor resultado da série histórica. “A Argentina contribuiu com esses números a partir da retirada de medidas protecionistas pelo novo governo de Maurício Macri. Acordos com Peru e México também foram importantes para a retomada do crescimento, mesmo sem um cenário externo tão positivo”, analisa Raupp.

A Sondagem da Indústria, apurada pelo Ibre/FGV, também mostra que há otimismo dos empresários com o comércio internacional. No trimestre encerrado em maio, o indicador ficou em 104,6 pontos, praticamente estável em relação à leitura anterior. Para a demanda prevista para os próximos três meses, o indicador aumenta para 104,9 pontos – o mais alto desde novembro. Quando o índice fica acima de 100 pontos, há mais respostas favoráveis do que desfavoráveis, ou seja, mais empresários indicaram que a demanda externa está positiva.

O otimismo com o cenário internacional fica evidente porque o índice geral de confiança da indústria, que inclui a demanda interna, está em 79,2 pontos. “Apesar de os dados de demanda externa estarem caindo na ponta, há uma previsão de manutenção de um patamar de exportação para os próximos meses”, afirma Tabi Thuler Santos, economista do Ibre/FGV e coordenadora da pesquisa.

Criando uma cultura de gestão integrada nos negócios internacionais

Coluna do Jornal A Tribuna, desta quarta-feira (01) com o diretor da UNQ Import Export, Renato Barata Gomes:

Criando uma cultura de gestão integrada nos negócios internacionais

coluna renato 31.05.16
O comércio exterior engloba processos complexos e que envolvem diversos setores dentro da organização, como por exemplo, a alta administração, o setor de suprimento e almoxarifado, a área comercial, a produção, o departamento financeiro, contábil e jurídico. Para uma boa gestão dos negócios internacionais, é muito importante que haja um bom fluxo de comunicação entre os departamentos e que todos conheçam os objetivos da empresa.
Falha na comunicação interna prejudica o planejamento empresarial
O que ocorre com frequência nas empresas, é que setores acabam tomando decisões isoladas, não compartilhando a informação com todos os envolvidos. Esta conduta acaba gerando problemas operacionais e que podem resultar em prejuízo para as companhias. Com intuito de exemplificar esse tema, elencamos alguns problemas que ocorrem comumente nos processos de importação devido à falha na comunicação e que devem ser evitados.

 
Falta de produtos em estoque
Este erro é desencadeado normalmente por uma falha de comunicação entre o setor de estoque e suprimentos. Aqui, a solicitação de revisão de estoque, é feita com atraso e o tempo necessário para a importação não é suficiente para suprir a demanda gerando falta de produtos em estoque. Muitas distribuidoras acabam perdendo reputação no mercado por constante atraso na entrega de produtos importados.

 
Problemas de planejamento de fluxo de caixa
Neste caso, a área de suprimentos tem a necessidade de importar diversos produtos ao mesmo tempo. Assim, diversos processos são adquiridos e chegam simultaneamente nos portos, gerando uma demanda alta de caixa para a nacionalização destas mercadorias. O setor financeiro, por não ter recurso suficiente, acaba tendo que priorizar alguns processos, mantendo outros armazenados no porto, gerando assim um aumento nas despesas logísticas.

 
Falta de espeço físico para a estocagem de mercadoria
As importações muitas vezes consistem em uma quantidade grande de mercadorias. A nacionalização simultânea de diversos contêineres acaba gerando a necessidade de espaço físico para que realizar as manobras de descarregamento das mercadorias e de acomodação do volume das mercadorias importadas em estoque.

 
Problemas no setor de contas a pagar
Outro problema comum, ocorre quando o setor de importação negocia as condições comerciais de compra de produtos e esta informação não é prontamente comunicada à área de tesouraria. Assim, os pagamentos aos exportadores podem acumular em uma data específica, podendo gerar dificuldade no pagamento de todos os compromissos pendentes.

 
A solução é o foco na comunicação e na integração de processos
O desenvolvimento de um bom fluxograma operacional, bem como uma comunicação contínua e transparente entre os setores envolvidos nos processos de comércio exterior é fundamental para garantir uma boa gestão integrada no comércio exterior.

Exportações em evidência no novo Governo Temer

Exportações em evidência no novo Governo Temer

Ministro das Relações Exteriores tem reuniões importantes para estimular Comércio Exterior

José Serra - Ministro

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, passa a semana em Paris onde busca destravar negociações comerciais.  Crítico da política do governo da presidente afastada, Serra terá primeiros encontros diplomáticos com representantes da França e dos Estados Unidos.

Serra participa da reunião da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com extensa agenda de contatos bilaterais para tentar destravar negociações comerciais. A principal delas é o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). “Ao contrário do que se imagina, o obstáculo a esse acordo não é o Mercosul”, disse Serra, que sempre foi crítico do fato de o Brasil depender de seus sócios no bloco para avançar nas negociações. “É a União Europeia, que não quer abrir mercado aos produtos agrícolas.”

Outra afirmação dá mostras do que deve ser o tom da negociação. “A União Europeia está em falta conosco, porque ficou de apresentar oferta para alguns produtos e não apresentou”, disse o ministro. Serra disse ainda que o governo brasileiro só admitirá concessões se o país receber algo em troca. “Não gosto de concessões unilaterais”, afirmou.

No último dia 11, Mercosul e UE trocaram ofertas com vistas a fechar acordo comercial, colocando fim a mais de uma década de paralisia. Segundo fontes envolvidas no tema, a proposta europeia frustrou por ser, basicamente, a mesma que estava sobre a mesa desde 2004, embora o bloco tivesse indicado que traria algo melhor. As principais ausências observadas na proposta, a que o ministro se referiu, foram as da carne e do etanol.

Nesta semana, Serra vai se encontrar com a comissária de Comércio da União Europeia, Cecilia Malmström. O ministro vai dialogar também com autoridades da França, um dos países que mais resistem ao acordo por causa de sua produção agrícola. Em outra frente, o ministro terá encontro com a secretária de Comércio dos EUA, Penny Pritzker, e com o representante de comércio americano, Michael Froman. Com eles, a conversa será sobre uma estratégia de cooperação em diferentes áreas. “A indicação do (embaixador) Sérgio Amaral para Washington expressa a prioridade que daremos à nossa relação”, disse o ministro. Na pauta comercial, estarão a carne e as barreiras não tarifárias.

Grandes Acordos

Para especialistas em Comércio Exterior, a aproximação com os EUA traz outro benefício. “Essa estratégia teve êxito na década de 90 quando o Brasil tinha interesse de melhorar a relação com os países europeus. Ficar mais próximo dos americanos pode fazer com que os europeus melhorem as ofertas ao Mercosul”, explica Marcelo Raup, diretor da UNQ Import Export.

Outro grande acordo comercial que está no radar do Brasil é o Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que envolve os Estados Unidos, a Ásia, mas não a China; além de México, Peru e Chile. A ideia brasileira é buscar uma aproximação, por meio dos países da América Latina que o integram.
Mercosul - União Europeia