Blog da UNQ

O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Perto do século 21, com o impulso da globalização e a chegada do governo Fernando Henrique Cardoso, começaram a ocorrer novas decisões estratégicas, como a privatização das empresas estatais e a expansão internacional do mercado brasileiro, proporcionando um bom ambiente para iniciar o desenvolvimento de uma cultura empreendedora (SALLES, 2008). Foi em torno desse período, entre o final do século 20 e o início do século 21, com a crescente taxa de desemprego, que empresários e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) se ocuparam de introduzir a necessidade do desenvolvimento desta cultura empreendedora dentro do País (COAN, 2011). Desde então, no entanto, os incentivos governamentais vêm ajudando principalmente as grandes empresas, enquanto as de menor porte geralmente possuem uma maior dificuldade de se beneficiarem desses incentivos. Continue lendo

O FENÔMENO DAS BORN GLOBALS

Enquanto a maior parte das empresas do mundo que decidem se aventurar em mercados internacionais realizam esta atividade gradativamente – geralmente após já estarem bem estabelecidas no seu mercado nacional, existe um tipo de negócio que já “nasceu global”. Conforme o nome diz, as born globals são um tipo relativamente novo de empresas que desde cedo buscam a expansão de seus negócios para fora de suas fronteiras.

O fenômeno das born globals começou a ser discutido apenas a partir dos anos 80, impulsionado por fatores como a internet e outros processos de globalização (KNIGHT, MADSEN e SERVAIS, 2004), contudo, encontra-se cada vez mais presente no atual cenário econômico internacional. Mas afinal, considerando empresas que estão presentes em diferentes mercados ao redor do mundo, como é possível saber quando estas podem ser consideradas born globals?

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AUTO-EXPATRIAÇÃO NO BRASIL: O CRESCENTE FENÔMENO DA FUGA DE CÉREBROS

monique raupp empreendedorismo negócios internacionais unq trading criciuma import export auto expatriação artigo comex blog comércio exteriorExistem poucos brasileiros que não conhecem ou ouviram falar de ao menos uma pessoa que tenha deixado este país em busca de melhores oportunidades empregatícias, qualidade de vida, etc. De fato, este é um fenômeno que há décadas faz parte da realidade brasileira, motivado por inúmeros fatores como instabilidade política e econômica, falta de oportunidades, infelicidade ou até mesmo a busca por algo novo/diferente. No entanto, quando comparando distintos momentos da história não apenas brasileira, mas internacional, pode-se observar uma considerável diferença no perfil das pessoas que deixam seus países de origem para trás.

London calling!

Há 20, 30 anos a maior parte destas pessoas geralmente possuíam uma baixa qualificação profissional, direcionando suas oportunidades a empregos no exterior que exigiam pouco ou não exigiam uma formação especializada. Estas pessoas, segundo Araújo et al. (2012), são chamadas de imigrantes. Entre os principais países de destino deste grupo encontravam-se a Inglaterra e os Estados Unidos, países que devido a drásticas mudanças políticas no passado recente e dias atuais (BREXIT, governo Trump,), apontam uma grande “nuvem negra” perante esta situação. Atualmente, entretanto, pode-se observar o crescimento de um outro perfil de pessoas que decidem deixar o seu país: os auto-expatriados. Continue lendo