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Importação de pequenos volumes é possível

Consolidação e aéreo viabilizam processos de quantidades menores

Quando se fala em importação, logo vem à cabeça containers enormes com grandes quantidades de um mesmo produto. E, em muitos casos, realmente este tipo de operação precisa de volume para ser viabilizada. Mas nem sempre. Com o tratamento correto, as importações de pequeno porte também podem ser possíveis e até mesmo bastante lucrativas.

“Diferente do que se pensa, é muito comum que os primeiros processos das empresas tenham menores quantidades, seja por questões financeiras ou mesmo pela confiança no exportador”, explica o gerente comercial da DC Logistics Brasil, de Itajaí, Vinícius Modanezi. E, nestes casos, existem diferentes alternativas de transporte que podem favorecer quem está trazendo a mercadoria.

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Imagem: Divulgação/DC Logistics

Container consolidado

Entre as opções está a consolidação, ou seja, o agrupamento de várias cargas de diferentes fornecedores ou importadores em um único container com o mesmo destino. Isso significa dividir o espaço com mercadorias de outras empresas, da mesma forma que acontece com um frete nacional, em que não se ocupa todo o espaço de um caminhão, por exemplo.

Porém, para garantir o sucesso de operações como estas, é preciso analisar diversos fatores para que todas as cargas sejam entregues de forma rápida e segura. “É importante estar atento aos prazos de prontidão de carga sinalizado pelos exportadores e às necessidades de recebimento dos importadores brasileiros. Além disso, existem classificações de cargas e seleções que não podem ser colocadas próximas umas das outras por serem mercadorias incompatíveis”, complementa Modanezi. Isso pode dificultar o desembaraço na chegada e comprometer a entrega de todas as mercadorias.

Para evitar problemas, contar com uma assessoria especializada é indispensável. Modanezi adverte ainda que é importante checar se a empresa contratada para fazer a consolidação tem embarques frequentes. Segundo ele, a falta de frequência de cargas pode fazer com que o processo fique parado, aguardando o acúmulo de volumes para seguir viagem. Importante ainda que a empresa garanta suporte na origem para consolidação, organização física e documental, evitando assim problemas na chegada ao Brasil junto aos órgãos de controle e fiscalização.

Quando consolidar

Além de considerar o espaço que a carga ocupa, a análise de custos também deve ser levada em consideração ao se decidir por um container inteiro ou um consolidado. O especialista em comércio exterior, Marcelo Raupp, alerta que o importador deve calcular o custo unitário do produto nas diferentes modalidades para definir qual será a mais interessante financeiramente.

“Nos processos internacionais temos muitos custos fixos. É preciso então calcular o quanto estes valores pesam no valor unitário final do produto. Quanto maior o valor agregado da mercadoria que estamos importando, menor o impacto dos custos fixos por unidade”, complementa Raupp. “Por isso é sempre importante consultar especialistas no assunto que possam guiar o empresário a encontrar a melhor solução para cada caso”.

Importação via aérea

Da mesma forma deve ser analisada a possibilidade de se utilizar o frete aéreo. Esse modal tem inúmeras vantagens quando comparado ao modal marítimo. A rapidez é um destes benefícios. “Algumas empresas do ramo têxtil, por exemplo, trazem as amostras inicialmente por aéreo. Assim, podem agilizar os negócios e depois fazer a importação do volume da coleção via marítimo”, salienta Modanezi.

Em outros casos, o alto valor das mercadorias e a fragilidades das peças podem indicar o aéreo como melhor solução. “Florianópolis, conhecida como polo catarinense de desenvolvimento em tecnologia, é uma das regiões com cargas que se enquadram neste perfil porque as empresas trabalham com produtos mais caros e sensíveis”, explica.

Texto retirado do caderno “O MUNDO DOS NEGÓCIOS”. Para receber sua cópia, entre em contato pelo email imprensa@unq.com.br.

Democratização da educação no mundo

Por: Renato Barata Gomes, especialista em negócios internacionais, sócio-diretor da UNQ Import Export (renato.barata@unq.com.br).

As novas tecnologias digitais têm revolucionado todos os setores da economia em nível global. Na educação não é diferente. O ensino à distância veio para ficar e tem desafiado o ensino tradicional. Atualmente, a maior parte das universidades no país já oferecem as duas modalidades de ensino, presencial e a distância. Esta última modalidade contribuiu para aumentar o acesso ao ensino e reduzir os custos de ensino no Brasil e no mundo. Diariamente, muitos empreendedores trabalham incessantemente para aumentar a democratização da educação no mundo.

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Foto: Reprodução

MOOCs e a revolução do ensino

Com o crescimento do ensino à distância, surgiu um novo conceito chamado MOOC, criado com o objetivo de revolucionar o ensino mundial. MOOC vem da sigla em inglês Massive Open Online Courses, que em português significa Cursos Online Abertos e Massivos. Os MOOCs surgiram através de startups EdTech (focadas em educação), onde foram criados portais e aplicativos mobile de ensino à distância, onde universidades de renome mundial, tais como Harvard, MIT, Stanford, cederam cursos completos e gratuitos para serem colocados à disposição dos usuários. Normalmente, os cursos gratuitos não dão direito a certificado. Entretanto, atualmente já é possível realizar cursos de extensão a preços acessíveis e com direito a certificação. Em tese, os custos se tornam acessíveis pois os cursos são realizados por milhares de pessoas de forma simultânea.

MOOCs não competem com o ensino tradicional, mas buscam complementá-lo

Os MOOCs não têm a intenção de competir com o ensino tradicional, até mesmo porque são financiados por universidades tradicionais. A meta é aumentar a qualidade dos cursos de extensão fazendo com que o ensino de qualidade disponível em cada país, possa ser pulverizado em escala global. Outro foco é disponibilizar conteúdos a jovens que estão ainda escolhendo sua carreira profissional. Com os Moocs, jovens podem conhecer cursos de diferentes áreas, antes mesmo de ingressar na universidade, maximizando as chances de sucesso na escolha da profissão. Além disso, estudantes também podem conhecer as metodologias de ensino de diferentes escolas, auxiliando na escolha da que melhor se adeque ao seu perfil.

Coursera benchmark de MOOC internacional

A empresa Coursera é uma das pioneiras no modelo de MOOC internacional. Fundada nos Estados Unidos, possui hoje milhares de cursos disponíveis em praticamente todas as áreas de conhecimento, e disponíveis nos mais diversos idiomas. Os cursos estão disponíveis em vídeo aulas com áudio no idioma nativo ministrado pelo professor e legendas em diferentes idiomas. Este conteúdo somente é possível através de uma rede global de tradutores voluntários chamada GTC, Global Translators Community, que viabilizam a elaboração de legendas de acordo com o seu país. A empresa disponibiliza conteúdo através de um portal e também através de aplicativo que pode ser encontrado em diferentes plataformas mobile. A Coursera no Brasil desenvolveu uma parceria com a Fundação Lemman, uma das principais instituições brasileiras no fomento da educação de qualidade no Brasil.

Agilidade nas estradas

Contratação de uma transportadora especializada reduz riscos

No sul de Santa Catarina, os caminhos para as mercadorias chegarem do exterior ou viajarem para fora do país passam, quase que obrigatoriamente, pelas estradas. E, no caso do comércio internacional, o transporte rodoviário precisa ser tratado com a mesma seriedade que o marítimo ou o aéreo, pois as particularidades dos processos são constantes do começo ao fim da viagem.

“As cargas transportadas em containers exigem muita atenção já que temos que cumprir horários apertados, o que não acontece no transporte convencional”, explica Fernando Sartor, sócio da Translara Transporte de Cargas, de Cocal do Sul, especializada em comércio exterior. O não cumprimento destes horários para a coleta de uma carga importada ou entrega de uma carga de exportação pode gerar uma multa de no show, custos de reagendamento e até perda do embarque. Os custos podem facilmente ultrapassar os R$ 1.000,00 por dia.

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Imagem: Caderno O MUNDO DOS NEGÓCIOS/Março 2017

Particularidades

Isso acontece porque ao contrário do transporte rodoviário nacional, nas importações e exportações com contêiner, a retirada e embarque nos portos têm agendamentos prévios que precisam ser cumpridos. No caso das importações, após a nacionalização das mercadorias, o importador é avisado que a carga se encontra disponível e então pode agendar o horário que ela será retirada.  Já para exportar, a empresa brasileira compra um lugar no navio e, se perder o horário de entrega, a embarcação parte sem a carga. Em ambos os casos, as multas são aplicadas. Além disso, há também atrasos para entregar as mercadorias, necessidade de reagendamentos e possíveis despesas com armazenagem.

“Temos uma janela de duas horas para realizar as operações dentro dos terminais e caso não seja cumprida, precisamos reagendar com rapidez para evitar custos extras”, complementa Fernando. Para ele, o segredo para processos bem sucedidos é o trabalho preventivo para antecipar as situações problemáticas. “A transportadora precisa estar atenta aos agendamentos, ao tempo de viagem, saber em média o tempo que o embarcador leva para estufar o contêiner, os horários de trânsito e os gargalos que o motorista pode encontrar pelo caminho”, explica.

Especialistas

Além disso, os caminhoneiros precisam de treinamento especial para informar qualquer imprevisto à base e possibilitar as soluções rapidamente. “O motorista precisa conhecer como funciona a dinâmica do porto, dos terminais. Temos muitas situações de profissionais que saem das operações tradicionais e migram para o transporte de containers. É necessário treinamento e adaptação”, alerta.

Outro ponto importante que diferencia o serviço de transportes comuns de um especializado em comércio exterior é o relacionamento mais próximo com as operações portuárias, o que dá mais agilidade em todas as etapas. “No caso da Translara, contamos com ponto de apoio em Itajaí para facilitar os trâmites com as documentações físicas necessárias. Quando estamos no local, também melhoramos o nosso contato com os parceiros e temos maior facilidade para acessar os terminais”, conclui.

Matéria originalmente publicada no caderno O MUNDO DOS NEGÓCIOS. Para receber uma cópia, envie email para imprensa@unq.com.br. 

A importância de um serviço público de qualidade no mundo dos negócios

Por: Renato Barata Gomes, empresário e consultor em negócios internacionais. renato.barata@unq.com.br

A qualidade do funcionalismo público é um tema que gera sempre polêmica dentro de nossa sociedade. Nos negócios internacionais isso não é diferente. A maior parte dos órgãos que definem regras e normas dentro dos processos de importação e exportação são da iniciativa pública. Eles são conhecidos como órgãos anuentes e têm uma importância relevante no desenvolvimento do comércio exterior brasileiro. Dentre alguns dos órgãos anuentes no comércio exterior, podemos citar a ANVISA, INMETRO, DECEX, Exército, Polícia Federal e MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Iniciativa Privada versus Serviço Público

Não é incomum escutarmos críticas da população e da iniciativa privada quanto a qualidade de serviço em órgãos públicos. Muitas vezes escutamos que a estabilidade de emprego gera acomodação, outras vezes que os cargos políticos não têm conhecimento técnico suficiente, o excesso de burocracia e a falta de tecnologia nos órgãos públicos é outra crítica frequente. É curioso pois faz parecer, muitas vezes, que a iniciativa privada e o setor público estão em lados opostos, quando na verdade, deveriam andar de mãos dadas, trabalhando em prol do desenvolvimento econômico e da melhoria da qualidade de vida da sociedade.

A função do servidor público é servir a população

O nome servidor público explica por si só qual deveria ser o principal papel destes profissionais, servir a população, dar suporte às pessoas e empresas para que a economia se desenvolva seguindo as normas e legislações, mas sem excesso de burocracia que inviabilize as operações. Nos negócios internacionais, competimos com diversos países do globo. Se não tivermos credibilidade e agilidade necessária para exportarmos nossos produtos, certamente perderemos espaço para países mais competitivos.

MAPA é benchmark quanto a qualidade de serviço

Hoje, gostaria de fazer menção ao MAPA pela excelência com que este órgão tem conduzido suas atividades em prol do desenvolvimento do comércio exterior. Além de terem profissionais altamente capacitados tecnicamente, possuem um senso de proatividade e voluntariedade que realmente chama a atenção. Chamadas técnicas são muito bem atendidas e sentimos realmente o interesse do servidor em esclarecer as dúvidas das empresas.

As funções do MAPA no comércio exterior

Dentro do comércio exterior, o MAPA é responsável pela criação de normas, procedimentos e fiscalização na importação e exportação de produtos agrícolas, fertilizantes, sementes, produtos de origem animal, bebidas, entre outros. Dentre tantos procedimentos, podemos citar a padronização de rótulos e embalagens que contenham informações fundamentais para a conscientização e prevenção da saúde dos consumidores, procedimentos para a geração de laudos técnicos referentes a alimentos e bebidas, bem como a prevenção da disseminação de doenças e pestes na importação ou exportação de produtos de origem vegetal e animal. A qualidade no atendimento do MAPA promove a melhoria dos procedimentos de comércio exterior, além de garantir que os consumidores adquiram produtos de boa procedência e dentro dos padrões internacionais de qualidade.

Para saber mais sobre comércio exterior, entre em contato com a UNQ.

Nosso blog é destaque na revista da Portonave

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O blog O Mundo dos Negócios foi destaque na revista da Portonave de janeiro. Confira o texto do diretor da UNQ, Marcelo Raupp, na publicação.

4 motivos para começar a importar

Por: Marcelo Raupp (marcelo.raupp@unq.com.br)

É fato que hoje a concorrência não é mais regionalizada, simplesmente. Pela crescente capacidade tecnológica e a facilitação na comunicação, as possibilidades de negócios são inúmeras e as empresas têm acesso a quase todo o mundo naturalmente. Os produtos internacionais chegam ao Brasil com mais facilidade e os consumidores têm muito mais opções de escolha na hora da compra. Por isso, é preciso encontrar caminhos para convencer que a melhor alternativa é a sua, transformando as ameaças de um mundo globalizado em oportunidades regionais. Para entender um pouco mais das vantagens, destaco a seguir quatro principais motivos.

Redução de Custos

Abrindo oportunidades para compras internacionais, a empresa multiplica a sua possibilidade de suprimento e o parâmetro é mais completo na hora da decisão. Em alguns casos, a importação direta possibilita uma redução maior que 50% se comparada com a compra nacional. Isso mesmo! O custo de toda a importação, incluindo o produto, o frete internacional, os impostos e todas as taxas envolvidas, pode gerar uma economia muito importante num momento econômico em que as vantagens competitivas estão nos detalhes. Não é raro ver empresas economizando R$ 200 mil por mês por estarem à frente neste processo de compras. E mesmo que o ganho seja menor, as vantagens conseguidas em escala certamente farão uma grande diferença na concorrência acirrada. Com custo mais baixo, é possível promover melhores preços, ganhando no giro do produto, ou aumentar a margem na venda, mantendo os preços.

Produtos Diferenciados

Sabemos que alguns países são marcados por terem bastante afinidade com certos tipos de mercados. São especialistas em moda, tecnologia, produtos alimentícios, etc. que acabam sendo referência no desenvolvimento de produtos dentro do nicho. A aproximação com empresas destes países que criam as tendências nas suas áreas é muito importante para apresentar produtos diferenciados e com antecedência no mercado. Complementar o portfólio com um mix de produtos novos pode ser o diferencial na opção do cliente. Além disso, produtos inovadores nem sempre são mais caros. Há exemplos frequentes de empresas que encontraram produtos diferenciados lá fora com valores compatíveis com o mercado.

Informações Atualizadas e Antecipadas

Em um mundo assim globalizado, as informações são a base para as melhores decisões. Quanto mais pudermos entender as dinâmicas das compras internacionais, mais preparados estaremos para tomar decisão em um mercado tão volátil. O contato com o mundo de onde se importa permite receber as informações com antecedência. Seja em tendências, tecnologia, economia, logística e afins, todas as informações darão subsídio para um caminho com menos riscos.

Resultados de uma oportunidade bem aproveitada

As características do mercado atual, com uma velocidade de mudança muito intensa e uma concorrência cada vez mais global e acirrada, demandam um perfil empresarial com a mesma dinâmica. Buscar vantagens competitivas nos detalhes, permitindo que as oportunidades de compra global façam parte do dia a dia da empresa, é pré-requisito para um caminho bemsucedido. Afinal, o dinheiro se ganha na compra bem feita.