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Exportações em evidência no novo Governo Temer

Exportações em evidência no novo Governo Temer

Ministro das Relações Exteriores tem reuniões importantes para estimular Comércio Exterior

José Serra - Ministro

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, passa a semana em Paris onde busca destravar negociações comerciais.  Crítico da política do governo da presidente afastada, Serra terá primeiros encontros diplomáticos com representantes da França e dos Estados Unidos.

Serra participa da reunião da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com extensa agenda de contatos bilaterais para tentar destravar negociações comerciais. A principal delas é o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). “Ao contrário do que se imagina, o obstáculo a esse acordo não é o Mercosul”, disse Serra, que sempre foi crítico do fato de o Brasil depender de seus sócios no bloco para avançar nas negociações. “É a União Europeia, que não quer abrir mercado aos produtos agrícolas.”

Outra afirmação dá mostras do que deve ser o tom da negociação. “A União Europeia está em falta conosco, porque ficou de apresentar oferta para alguns produtos e não apresentou”, disse o ministro. Serra disse ainda que o governo brasileiro só admitirá concessões se o país receber algo em troca. “Não gosto de concessões unilaterais”, afirmou.

No último dia 11, Mercosul e UE trocaram ofertas com vistas a fechar acordo comercial, colocando fim a mais de uma década de paralisia. Segundo fontes envolvidas no tema, a proposta europeia frustrou por ser, basicamente, a mesma que estava sobre a mesa desde 2004, embora o bloco tivesse indicado que traria algo melhor. As principais ausências observadas na proposta, a que o ministro se referiu, foram as da carne e do etanol.

Nesta semana, Serra vai se encontrar com a comissária de Comércio da União Europeia, Cecilia Malmström. O ministro vai dialogar também com autoridades da França, um dos países que mais resistem ao acordo por causa de sua produção agrícola. Em outra frente, o ministro terá encontro com a secretária de Comércio dos EUA, Penny Pritzker, e com o representante de comércio americano, Michael Froman. Com eles, a conversa será sobre uma estratégia de cooperação em diferentes áreas. “A indicação do (embaixador) Sérgio Amaral para Washington expressa a prioridade que daremos à nossa relação”, disse o ministro. Na pauta comercial, estarão a carne e as barreiras não tarifárias.

Grandes Acordos

Para especialistas em Comércio Exterior, a aproximação com os EUA traz outro benefício. “Essa estratégia teve êxito na década de 90 quando o Brasil tinha interesse de melhorar a relação com os países europeus. Ficar mais próximo dos americanos pode fazer com que os europeus melhorem as ofertas ao Mercosul”, explica Marcelo Raup, diretor da UNQ Import Export.

Outro grande acordo comercial que está no radar do Brasil é o Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que envolve os Estados Unidos, a Ásia, mas não a China; além de México, Peru e Chile. A ideia brasileira é buscar uma aproximação, por meio dos países da América Latina que o integram.
Mercosul - União Europeia

Entrevista com Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro: “O país não pode depender somente do câmbio para exportar”.

UNQ - José Luiz Castro

José Augusto de Castro

Entrevista com Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro: “O país não pode depender somente do câmbio para exportar”.

Em entrevista para a Agência Brasil, durante o 28º Fórum Nacional promovido pelo Instituto de Altos Estudos (Inae) na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da Associação de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro, traz relevante opinião sobre o segmento:

O Mundo dos Negócios: Por que, em sua opinião, cada vez menos o setor de Comércio Exterior deve depender das oscilações do câmbio?

José Augusto de Castro: O país não pode depender somente de câmbio para exportar. Ocâmbio é importante, mas nós, exportadores, não temos nenhum controle sobre ele. Quando o país depende do câmbio, quem sai fortalecido é o importador, que quer que uma desvalorização cambial seja transferida de forma imediata para o preço.

MN – Mas como resolver essa forte dependência?

JAC – Existem custos internos que têm de ser resolvidos, incluindo custos burocráticos, tributários, de infraestrutura, logística e financeiros. Esses custos, nós temos que atacar. Não podemos depender apenas de câmbio para exportar, mas de redução de custos.

MN – E como a nova administração federal pode contribuir para esta diminuição de custos?

JAC – Tem de ser resolvido por meio de reformas. A reforma tributária, por exemplo, visa a reduzir o custo tributário, que onera as exportações brasileiras. Quando nós exportamos, indiretamente estamos exportando tributos, agregados ao produto. Deve haver investimento pesado em logística. A logística existente no Brasil hoje é deficiente e onerosa, o que faz com que quase 50% dos manufaturados brasileiros tenham como destino países da América do Sul. Um pouco vai para os Estados Unidos e o mundo é o resto. O país precisa ainda reduzir os custos financeiros e burocráticos, além dos trabalhistas. A nossa legislação trabalhista tem 70 anos e precisa ser modernizada.

MN – De que forma esses custos burocráticos e financeiros prejudicam o país?

JAC – As reformas estão “superatrasadas”. Cada vez que se atrasam as reformas, o nosso problema se agrava mais. Enquanto as reformas não são feitas, os exportadores continuam torcendo para que as commodities [produtos primários com cotação internacional] mantenham um patamar mais elevado e brigando para aumentar a exportação de manufaturados de maior valor agregado. Já caímos muito. Agora, temos que recuperar o que perdemos no passado.

Burocracia e regras dificultam exportações brasileiras

Burocracia e regras dificultam exportações brasileiras

Medidas governamentais podem beneficiar processo

Exportação - Burocracia

A burocracia e a constante mudança de regras no Brasil dificultam as exportações. Um levantamento mostrou que 70% das empresas não conseguem perceber isso. O processo todo leva 15 dias, em média. Isso se o exportador tiver bom despachante ou um departamento especializado em comércio exterior.

Também é preciso correr com o registro de exportação, nota fiscal e fatura internacional fora outros cinco documentos exigidos por alguns países como certificados e origem e qualidade. E a empresa só consegue despachar as mercadorias depois que a Receita checar toda a papelada, no terminal de embarque.

Em junho de 2015 o Governo Federal anunciou o Plano Nacional de Exportação que tem por objetivo estimular, facilitar e aumentar as vendas externas através de cinco pilares. A desburocratização dos processos é um deles.

Regras mais simples e claras, é tudo o que querem as 23,5 mil empresas brasileiras exportadoras para ocupar mais espaço no mercado global. “Apesar da burocracia e a constante mudança na legislação, o empresário que atua com Comércio Exterior, quando bem assessorado, consegue ultrapassar as barreiras, diminuir tarifas e importar ou exportar em menor tempo”, garante Marcelo Raupp, diretor da UNQ Import Export.

Fonte: Jornal da Globo

Exportações de arroz crescem em 2016

Arroz - Cooperja

Exportações de arroz crescem em 2016

O Brasil apresentou crescimento de 11% nas exportações de arroz no primeiro quadrimestre de 2016, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram comercializados US$ 108,2 milhões para o mercado externo. A análise foi feita pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) com base em dados da Secretaria de Comercio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (Mdic).

O projeto Brazilian Rice tem participação neste resultado. O projeto é uma parceria entre a Abiarroz e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que incentiva as exportações de arroz beneficiado. Nos mercado onde foram realizadas atividades de promoção comercial e de imagem do Brazilian Rice, nota-se o forte crescimento

Dentro dos mercados de destaque está o Peru que comprou 62% a mais de arroz brasileiro em dólares em 2016, os Estados Unidos onde as vendas subiram de US$ 2,8 milhões para US$8,5 milhões neste período e Arábia Saudita que onde as vendas cresceram 6% neste ano. “Temos um grande número de produtores de arroz principalmente no Vale do Araranguá. Esse bom desempenho contribui para a venda da commoditie também entre os rizicultores da região”, analisa Renato Barata Gomes, diretor da UNQ

A expectativa é que o crescimento nas exportações de arroz se mantenha este ano, apesar da baixa significativa do câmbio e da redução na safra de arroz de aproximadamente 14%. A próxima ação do projeto Brazilian Rice é a participação na Rice Market & Technology Convention. Que acontecerá entre os dias 31 de maio a 2 junho em Houston, Texas.

Fonte: Canal Rural

Quatro pontos importantes para iniciar o processo de exportação na sua empresa

Quatro pontos importantes para iniciar o processo de exportação na sua empresa

Exportação - Passo a Passo

Como iniciar um processo de exportação? Segundo especialistas, desenvolver um produto inovador ou com pequenos diferenciais não é o suficiente. Identificar oportunidades, estar estruturado e vender de forma eficiente exigem tempo e conhecimento.

A seguir, o diretor da UNQ Import Export, de Criciúma, Marcelo Raupp, aponta quatro características e aspectos relevantes para quem vai exportar.

1) Análise Interna

Antes de tudo, o empresário precisa ter controle de sua produção. Por exemplo, saber do total que produz, quanto consegue vender. A seguir, orienta-se para averiguar o país de destino, a logística, a formação de preço de venda.

2) Identifique oportunidades de negócio fora do país

De acordo com Suely de Paula, o melhor caminho é conhecer novos mercados por visitas às feiras e eventos com empresários estrangeiros. “É importante conhecer os futuros clientes e negociar com quem já conhece. Essa ponte pode ser feito também por assessores em Comércio Exterior”, pontua a consultora do Sebrae.

3) Inovação

Principalmente nas micro e pequenas empresas com capacidade de venda limitada, o empreendedor deve criar novos formatos na embalagem, no processo de produção e até no produto para ganhar novos mercados.

4) Análise de despesas específicas

Apesar de tributos do mercado local não incidirem para os exportadores, as taxas portuárias, seguros, dentre outras despesas podem prejudicar toda a operação.

Entretanto, o produto não pode chegar ao país de destino muito acima dos seus concorrentes locais. O uso de trading facilita pela agilidade e a não necessidade de registros específicos em órgãos como Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior e na Receita Federal. É bom o empresário fazer as contas.