Planejamento logístico pra quê?
O problema de demanda interna, o qual temos falado bastante, tem trazido problemas também às perspectivas de desenvolvimento logístico, já que a desconfiança de consumo afasta as empreiteiras do interesse de investir em infraestrutura por não terem o retorno de investimento garantido. E o governo, com dificuldades de implantar o ajuste fiscal, não está disposto a comprometer bilhões de reais para garantir um plano eficaz de melhorias.

Em termos práticos, as empresas brasileiras perdem em alguns aspectos com a deficiência logística. Cada tipo de transporte apresenta uma condição melhor dependendo do tipo de produto, o tempo que precisa levar, a segurança em termos de roubos e quebras e o custo o qual o mesmo proporciona. O transporte marítimo, por exemplo, ao mesmo tempo que é o mais barato é o mais lento. E cada tipo de transporte tem suas características neste sentido.
Quando as empresas podem escolher o modelo mais adequado, elas podem usar a logística de forma estratégica, ganhando competitividade. Se não há opções, as empresas precisam se adequar ao modal disponível, perdendo em competitividade na concorrência global. É o que acontece no Brasil com a dependência no transporte rodoviário.
Mesmo com as condições naturais propícias, o país sofre com a falta de planejamento logístico, inibe o crescimento e impõe mais um desafio ao empresário brasileiro na busca por sustentabilidade de mercado.
Por ora era isso! Na Zdrowie!
Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br