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Importação Estratégica – Além das Oportunidades Pontuais

Diante da alta do dólar, os questionamentos sobre a viabilidade de importação são muitos. Não era de se esperar o contrário, já que realmente este novo patamar cambial aumenta o custo dos produtos importados diretamente. O aumento, no entanto, não desfaz a importância e as possibilidades de encontrar oportunidades de compra no exterior, apenas exige que as empresas busquem se capacitar mais para garantir vantagem competitiva.

Para os que têm nos planos importar mas ainda não se lançaram no comércio exterior, o cenário atual pode parecer ainda mais desfavorável. Seria este o momento, com o dólar nas alturas, de começar a importar? Eu diria que sim. Até porque a importação estratégica não está focada nos negócios pontuais, oportunizados apenas nas variações cambiais. Ela deve fazer parte do planejamento de toda empresa, até mesmo as menores.

É certo que momentos de crise como o que enfrentamos atualmente exige mais atenção. E isso, ao contrário do que muitos pensam, não limita as empresas de tomarem riscos. Exige, sim, mais profissionalismo, mais esforços e, por que não, mais ousadia. Afinal, o consumo tende a diminuir, mas nunca desaparecer. Então, se as pessoas vão diminuir a compra, mas vão continuar a comprar, que o produto da sua empresa seja o eleito e não o do concorrente.

E onde a importação estratégica entra nisso tudo? Na formação de parcerias que entendam o negócio da empresa, na adequação do planejamento e estruturação de todos os setores para entender os aspectos da compra internacional, no aprimoramento logístico e aduaneiro, na diferenciação de produtos, na melhoria da qualidade e na busca incessante por melhores condições comerciais.

Mesmo que dólar esteja na casa dos três reais, as possibilidades existem. Essa é a diferença entre as empresas profissionalizadas e as empresas comuns. As primeiras conseguem resultados porque trabalham de forma estratégica e não apenas nas oportunidades pontuais. São essas que em momentos de economia desfavorável vão prevalecer no mercado.

Pensando nisso, a ACIC e a UNQ Import Export promovem o curso Importação Estratégica: Todos os passos para obter vantagem competitiva. Acontecerá nos dia 16, 23, 30 de abril e 7 de maio. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail cursos@acicri.com.br.

Curso ACIC UNQ

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Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

Planejamento logístico pra quê?

O problema de demanda interna, o qual temos falado bastante, tem trazido problemas também às perspectivas de desenvolvimento logístico, já que a desconfiança de consumo afasta as empreiteiras do interesse de investir em infraestrutura por não terem o retorno de investimento garantido. E o governo, com dificuldades de implantar o ajuste fiscal, não está disposto a comprometer bilhões de reais para garantir um plano eficaz de melhorias.

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Em termos práticos, as empresas brasileiras perdem em alguns aspectos com a deficiência logística. Cada tipo de transporte apresenta uma condição melhor dependendo do tipo de produto, o tempo que precisa levar, a segurança em termos de roubos e quebras e o custo o qual o mesmo proporciona. O transporte marítimo, por exemplo, ao mesmo tempo que é o mais barato é o mais lento. E cada tipo de transporte tem suas características neste sentido.

Quando as empresas podem escolher o modelo mais adequado, elas podem usar a logística de forma estratégica, ganhando competitividade. Se não há opções, as empresas precisam se adequar ao modal disponível, perdendo em competitividade na concorrência global. É o que acontece no Brasil com a dependência no transporte rodoviário.

Mesmo com as condições naturais propícias, o país sofre com a falta de planejamento logístico, inibe o crescimento e impõe mais um desafio ao empresário brasileiro na busca por sustentabilidade de mercado.

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Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

É importante conhecer a cultura internacional?

Muita gente me pergunta se é importante conhecer a cultura internacional para internacionalizar a sua empresa. Eu sempre respondo que sim. É fundamental conhecer as diferenças culturais. Não só elas, mas outras diferenças também.

1) As diferenças administrativas, entendendo como é a moeda corrente do país, sua infraestrutura e o seu regime de governo. 2) As diferenças legais, jurídicas, sabendo como funcionam os impostos no outro país, suas leis trabalhistas, entre outras coisas. E, por fim, 3) as diferenças culturais, onde entram o idioma, os hábitos sociais e, também, a própria religiosidade, que muitas vezes é fator decisivo nos negócios.

Um exemplo disso é o calendário chinês, que difere do nosso aqui. A comemoração do ano chinês não acontece de dezembro para janeiro como somos acostumados, mas, sim, em fevereiro. Oficialmente, o governo chinês concede uma semana para a comemoração para essa virada. Mas, culturalmente, e o que de fato acontece é que a China para um mês, já que o seus operários moram muito longe de onde trabalham e aproveitam a data para visitaram a família nesta única vez ao ano. Ou seja, em fevereiro, a China para e não há produção qualquer neste período.

Este conhecimento é importante para que as empresas brasileiras importadoras da China não tenham problema de falta de produto em estoque e possam planejar suas compras de forma a carregarem antes do feriado chinês e assim não se desabastecerem por conta desta parada na China.

Por isso, é fundamental conhecer essas diferenças entre os países. O grau de entendimento dessas diferenças é que pode levar ao sucesso ou ao fracasso nas negociações internacionais.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

 

Entendendo os negócios em Dubai

Nada melhor do que falar sobre o mundo dos negócios estando inserido na cultura internacional. E este post vem direto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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Há poucas décadas, Dubai era um povoado pesqueiro (acima foto de 1930 tirada no Museu em Dubai), mas com o aprimoramento do turismo, comércio e serviços profissionais se transformou em um centro global de transporte e, em 2014, Dubai foi a quinta cidade do mundo com maior crescimento econômico.

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As importações e exportações dos Emirados Árabes são bem características. Em torno de 70% das suas exportações são combustíveis, haja vista a abundância de petróleo na região. Já as importações se baseiam em ouro e joias com 40%, já que há uma riqueza muito concentrada nos Sheikhs que são grandes apreciadores e consumidores, e 30% de máquinas mecânicas e elétricas, já que o país não domina a tecnologia. Além disso, são grandes compradores de produtos de subsistência por não serem produtores. Esse maior relacionamento, tanto de compra como de venda acontece principalmente com os países vizinhos como Japão, Índia e China.

Motivada também pela queda do preço do barril do petróleo, sua balança comercial é negativa, já que as importações superam as exportações. Seu PIB acaba sendo complementado pela capacidade de serviços que possui sobre os quais falamos anteriormente. As oportunidades de negócios com o Brasil são um pouco limitas devido a alguns aspectos. Mas, sobre isso, falaremos mais pra frente.

Por hoje era isso. Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br