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Viagens de negócios ao exterior devem ser registradas no Siscoserv?

Muitas empresas têm dúvidas com relação ao registro das despesas de viagem realizadas no exterior. As viagens internacionais fazem parte do cotidiano de muitas empresas, e podem ocorrer em diversas situações, tais como prestação de serviços de engenharia, participação em feiras e eventos, missões de negócios, cursos, consultorias, etc. E a pergunta é: viagens de negócios ao exterior devem ser registradas no Siscoserv?

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Expatriação de Executivos: saiba mais sobre esse fenômeno

É cada vez maior o número de pessoas que se mudam para outro País para trabalhar (por um certo tempo ou definitivamente). Enquanto uns decidem por se mudar por conta própria (conforme dito no meu primeiro artigo, lembram disso?), outros o fazem a pedido da empresa em que trabalham. Do lado individual, buscam-se novos desafios, experiências de vida e melhor colocação profissional.

Por parte da empresa, almeja-se cada vez mais a sua tão sonhada internacionalização, quando muitas vezes é necessário enviar seus melhores e mais confiáveis funcionários para que ocorra da melhor forma possível. Este fenômeno é conhecido como Expatriação de Executivos, e vem ganhando cada vez mais destaque no mercado e na academia, tendo em vista que o número destes trabalhadores globais vem cada vez mais crescendo nos últimos anos. Hoje entenderemos um pouco mais sobre dois importantes tipos de expatriados: os Auto-Expatriados e os Expatriados “Tradicionais”

Auto-Expatriados

São pessoas que vão trabalhar no exterior geralmente na busca de melhores oportunidades profissionais e qualidade de vida, candidatando-se para vagas em empresas “gringas” por conta própria. Este tipo de expatriados, comparados aos Expatriados “Tradicionais”, geralmente são:

● mais jovens
● menos experientes
● contratados por empresas

Expatriados “Tradicionais”

O tipo de expatriados mais conhecido, contudo, são aqueles trabalhadores que recebem da sua empresa uma oferta para trabalharem numa vaga da própria empresa em outro país. Eles são enviados para o exterior para apenas ficarem por um período específico, com o intuito de em seguida retornarem para a empresa em seu País de origem. Estes trabalhadores são geralmente:

● mais experientes
● possuem um cargo de maior hierarquia na empresa – muitas vezes de chefia (Peltokorpi, 2008)
● são oferecidos pacotes generosos para realizarem suas tarefas no exterior

O longo caminho pela frente

Apesar de ser uma estratégia potencialmente muito interessante, a realidade ainda é preocupante. Segundo Oliver Nakamura, sócio de capital humano da Ernest & Young, o perfil das empresas brasileiras que utilizam desta estratégia é mais “reativo” do que “estratégico”. Isto é, a maioria das organizações do nosso País expatriam seus executivos sem desenvolverem estratégia e planejamento apropriados para isto, comprometendo os seus resultados. É essencial que haja uma devida preparação não apenas por parte da empresa, mas também do executivo a ser expatriado (como preparação cultural, treinamento estratégico em relação às etapas da sua expatriação, etc.).

E então: vale a pena?

Para concluir, a expatriação de executivos ainda é uma relativa novidade para o mercado brasileiro, mas que aos poucos está firmando o seu papel e provando a sua importância para a expansão das nossas organizações. Antes de uma empresa investir nessa trabalhosa estratégia é importante que haja um devido planejamento (do antes, durante e depois) para buscar-se os melhores resultados.

O quão importante seria esta estratégia para a sua empresa? Já está na hora de dar este novo passo, ou seria um planejamento a longo prazo? Talvez essas respostas te façam perceber que talvez ainda seja cedo demais para se pensar nisso, ou talvez nem faça parte de uma futura realidade. Mas, caso seja: faça um bom planejamento e tenha uma boa viagem!

Importação para Pequenos e Médios empreendedores: é possível?

Cada vez mais, pequenos e médios empreendedores têm sido atraídos para o universo da importação devido às inúmeras vantagens que são proporcionadas. Muitos ainda imaginam que apenas empresas de grande porte estão aptas aos negócios internacionais mas isso não é verdade.

Então, quais são as vantagens de investir em importação?

Tecnologia: Variedade de fornecedores disponíveis no mercado internacional que permite ao importador encontrar novos maquinários e tecnologias disponíveis no mercado interno  que alavanquem a produtividade da empresa.

Produtos: Investir no desenvolvimento de novos produtos e matéria prima possibilita para a empresa uma diversificação de produtos chamando a atenção de novos clientes aprimorando os produtos já existentes tornando-os mais atrativos.

Redução de Custos:  Possibilidade de encontrar fornecedores que consigam reduzir custos  já que  no mercado internacional o leque de opções é imenso.

Competitividade: A importação possibilita aos empreendedores disponibilizar produtos/serviços de boa qualidade a preço acessível,  causando assim uma diferenciação no serviço/produto prestado impactando diretamente na decisão final do cliente.

Novos Mercados: O contato com comércio internacional é sempre intenso e  abre muitas oportunidades para empresas que antes sequer imaginavam-se importando. A experiência internacional abre portas para mais clientes, fornecedores e muito aprendizado.

Mão de Obra qualificada:  As chamadas tradings companies são empresas habilitadas a tratar de todo o processo de importação, desde a conferência de documentos, contato com despachantes, negociação de melhores preços/fretes, prospecção de fornecedores, estimativas de custos, até a entrega no cliente tornando-se  assim uma boa opção para pequenos e médios empreendedores que precisam de uma assessoria especializada em negociação internacional.

E como importar pequenas quantidades?

O que muitos não sabem é que não é necessário preencher todo o espaço de um container para poder importar. Importando na modalidade LCL (Less Container Load),  o importador/exportador pode dividir o espaço no container tornando a importação possível e reduzindo o custo.

A competitividade no mercado nacional tem exigido cada vez mais das empresas, oferecer produtos diferenciados, qualidade, inovação, manter-se lucrativo e atrativo no mercado não é algo fácil, mas sem dúvidas portanto a importação é um caminho para os empreendedores que buscam formas de obterem sucesso em seus negócios.

O ESTÁGIO E SEU UNIVERSO DE POSSIBILIDADES

Por: Sol Vicente

Atualmente vivemos em um mundo onde as formas de comunicação avançam a cada minuto, novas ideias, invenções, descobertas, e tudo isso graças a profissionais qualificados e dedicados, que a cada dia buscam novos meios de especializar-se. Mas para chegar a tão sonhada carreira bem-sucedida é um caminho longo no qual é necessário subir degrau por degrau. No início é complexo, todos lhe dizem a importância de estudar, mas a primeira pergunta em uma entrevista de emprego é “Quais são suas experiências?”, e, infelizmente, devido a dedicação necessária aos estudos nem sempre é possível adquiri-las na área desejada ficando sempre a dúvida “ Como vou ter experiência se ninguém me der uma chance?”. Foi basicamente assim que surgiu em 1977, a Lei 6.494, atualmente conhecida como a Lei do Estagio nº 11.788/2008, a qual permite ao estudante atuar na área de formação com a carga horaria reduzida, conciliando estudos e carreira. Continue lendo

POR QUE OS PRODUTOS CHINESES SÃO MAIS BARATOS?

Certamente, todos já se questionaram um dia sobre os preços das mercadorias produzidas na China. Afinal, mesmo com o frete internacional e a tributação, muitas vezes encontramos custos melhores do que os preços pagos aqui no Brasil. E a primeira tendência é justificar os baixos custos em uma suposta mão de obra escrava no país asiático. A verdade é que, embora as condições de trabalho sejam conquistas recentes, o operário chinês ganha proporcionalmente parecido ao que operário brasileiro recebe. Ou seja, não existe a exploração de trabalho que tanto se fala. Para desmistificar o tema, aponto três aspectos importantes na apropriação de um melhor custo na China.

Disciplina de um Povo Trabalhador

Os chineses são muito disciplinados e trabalhadores. A história os formou assim. O trabalho forçado do socialismo de Mao e a pobreza generalizada moldaram os chineses para o trabalho. A abertura do mercado para o capitalismo mostrou aos chineses que o mesmo trabalho poderia gerar melhores condições de vida. Hoje, não é raro ver os chineses trabalhando 10, 12 ou 16 horas por dia. Não pela exploração de mão-de-obra, como argumentamos por aqui. Mas sim pelas possibilidades que eles enxergam a partir da dedicação às atividades profissionais. Eles se sentem bem trabalhando nesta intensidade. A disciplina da operação favorece a escala, o que reduz os custos de produção. A disciplina comercial faz dos chineses os melhores anfitriões e a insistência na venda, às vezes, inconveniente (quem já forneceu o número de whatsapp para um chinês sabe bem), produz resultados também favoráveis ao volume. É natural que essa disciplina de trabalho possibilite menores custos e, consequentemente, melhores preços.

Capacidade Logística e Tecnologia 

Imagine o Brasil usufruindo de toda condição natural aquaviária, fazendo o transporte através de rios, lagos e mares e disponibilizando melhor infraestrutura nos portos para agilidade nas operações. Ou mesmo, utilizando melhor o transporte ferroviário, desafogando as rodovias e oferecendo opções ao empresário para reduzir o custo logístico. Essa é a realidade na China, o que permite uma eficiência logística muito mais adequada e, consequentemente, menores custos. Além disso, os investimentos em tecnologia e desenvolvimento são bastante intensos. A contrapartida é o aumento da capacidade de suprimento e melhores condições para redução de custos.

Moeda Desvalorizada 

A questão cambial é também um importante fator de preço para o produto chinês. Hoje, o RENMINBI IUAN, moeda chinesa, vale quase metade do que o REAL. Ou seja, em termos gerais, se o custo de uma porta é $CNY100, quando transformado para a moeda brasileira ficaria em R$50. E esta é a mesma ideia para a conversão em dólar, a moeda usada habitualmente nas transações internacionais. Isso permite que proporcionalmente, através da paridade monetária, o custo do produto chinês seja menor também. É, por isso, que o Governo Chinês atua diretamente para manter o câmbio desvalorizado, estimulando a exportação. Claro que para importação, o custo fica mais alto. Entretanto, ao importar produtos primários e exportar produtos de maior valor agregado, o Governo mantém a balança comercial favorável ao país.

Resultados de uma oportunidade bem aproveitada 

Indubitavelmente, a China possui diferentes condições para que os seus produtos sejam melhores em preços e, muitas vezes, em qualidade. O livre mercado permite que os produtos estejam acessíveis em qualquer lugar do mundo e o brasileiro pode facilmente comprar do outro lado do mundo. A culpa da perda de um negócio não será do comprador e, muito menos, do fornecedor estrangeiro. Ela é simplesmente da empresa que não conseguiu oferecer algo melhor. Por isso, é preciso buscar capacitação e encontrar nos bons exemplos, e nos especialistas, vantagens competitivas para garantir a melhor opção de compra.

 

Marcelo Raupp

Marcelo Raupp é empresário e consultor em negócios internacionais.
marcelo.raupp@unq.com.br