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Cinco benefícios das feiras de negócios no comércio internacional

Por: Renato Barata Gomes, empresário e consultor em negócios internacionais – renato.barata@unq.com.br

As feiras de negócios, muitas vezes, geram opiniões divergentes com relação aos reais benefícios das mesmas. Muitas empresas alegam que não participam de feiras pois as mesmas têm um custo elevado, e acabam sendo realizadas com o intuito de demonstrar tendências, mas não geram os resultados comerciais esperados. Nos negócios internacionais, as feiras comerciais têm grande importância, mas precisam ser trabalhadas com muito planejamento para que tragam resultados efetivos para as empresas. Por isso, a coluna de hoje traz benefícios das feiras de negócios no comércio internacional:

1 – Concentração de potenciais clientes em um mesmo local

Dentre os maiores investimentos comerciais nos negócios internacionais estão os relacionados às viagens internacionais. Desta forma, é preciso planejar bem as viagens para que os resultados sejam maximizados. Neste sentido, a feira de negócios auxilia a área comercial a concentrar a prospecção de clientes realizando uma única viagem. Durante a Expo Revestir 2017, por exemplo, estiveram presentes empresas de todos os continentes, reduzindo o custo logístico de desenvolvimento de clientes para as companhias brasileiras.

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Nosso diretor, Renato Barata, na Expo Revestir.

2 – Programas setoriais auxiliam a reduzir custos na participação de feiras

No Brasil, o governo tem interesse em desenvolver as exportações de nossas empresas. Assim, são desenvolvidos programas de suporte ao fomento de negócios. Um destes programas é o chamado Programa Comprador Internacional, onde empresas brasileiras convidam compradores internacionais a participar de feiras brasileiras com custos subsidiados pelo governo. É uma forma de trazer estrangeiros ao Brasil, reduzindo o investimento em viagens internacionais dos empresários brasileiros.

3 – Estande compartilhado em feiras internacionais

Agências de fomento à exportação, auxiliam empresas no Brasil a participarem em feiras de negócios no exterior através da disponibilização de um estande compartilhado “Made in Brazil”. Este tipo de projeto permite a realização de feiras internacionais proporcionando ao empresário a exposição global de forma profissional com custos reduzidos. Este tipo de projeto também ajuda muito no desenvolvimento de um networking internacional.

4 – Rodadas de negócios

Um outro projeto interessante realizado durante as feiras de negócios, principalmente as realizadas no exterior, são as rodadas de negócios. Neste tipo de evento, o governo brasileiro ou agências de fomento à exportação, auxiliam empresas brasileiras na prospecção de clientes internacionais, através do matchmaking, isto é, buscam adequar o perfil do exportador brasileiro com o perfil do comprador internacional, maximizando as chances de sucesso nas negociações.

5 – Missões internacionais durante feiras de negócios

A realização de missões internacionais durante o período de feiras de negócios é mais uma ferramenta interessante de fomentar as exportações brasileiras é. Desta forma, os empresários conseguem além de visitar as feiras, visitar potenciais clientes, realizar pesquisa de mercado e benchmark em empresas internacionais.

Texto originalmente publicado no jornal A Tribuna, Criciúma, 15/03/17.

A importância de um serviço público de qualidade no mundo dos negócios

Por: Renato Barata Gomes, empresário e consultor em negócios internacionais. renato.barata@unq.com.br

A qualidade do funcionalismo público é um tema que gera sempre polêmica dentro de nossa sociedade. Nos negócios internacionais isso não é diferente. A maior parte dos órgãos que definem regras e normas dentro dos processos de importação e exportação são da iniciativa pública. Eles são conhecidos como órgãos anuentes e têm uma importância relevante no desenvolvimento do comércio exterior brasileiro. Dentre alguns dos órgãos anuentes no comércio exterior, podemos citar a ANVISA, INMETRO, DECEX, Exército, Polícia Federal e MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Iniciativa Privada versus Serviço Público

Não é incomum escutarmos críticas da população e da iniciativa privada quanto a qualidade de serviço em órgãos públicos. Muitas vezes escutamos que a estabilidade de emprego gera acomodação, outras vezes que os cargos políticos não têm conhecimento técnico suficiente, o excesso de burocracia e a falta de tecnologia nos órgãos públicos é outra crítica frequente. É curioso pois faz parecer, muitas vezes, que a iniciativa privada e o setor público estão em lados opostos, quando na verdade, deveriam andar de mãos dadas, trabalhando em prol do desenvolvimento econômico e da melhoria da qualidade de vida da sociedade.

A função do servidor público é servir a população

O nome servidor público explica por si só qual deveria ser o principal papel destes profissionais, servir a população, dar suporte às pessoas e empresas para que a economia se desenvolva seguindo as normas e legislações, mas sem excesso de burocracia que inviabilize as operações. Nos negócios internacionais, competimos com diversos países do globo. Se não tivermos credibilidade e agilidade necessária para exportarmos nossos produtos, certamente perderemos espaço para países mais competitivos.

MAPA é benchmark quanto a qualidade de serviço

Hoje, gostaria de fazer menção ao MAPA pela excelência com que este órgão tem conduzido suas atividades em prol do desenvolvimento do comércio exterior. Além de terem profissionais altamente capacitados tecnicamente, possuem um senso de proatividade e voluntariedade que realmente chama a atenção. Chamadas técnicas são muito bem atendidas e sentimos realmente o interesse do servidor em esclarecer as dúvidas das empresas.

As funções do MAPA no comércio exterior

Dentro do comércio exterior, o MAPA é responsável pela criação de normas, procedimentos e fiscalização na importação e exportação de produtos agrícolas, fertilizantes, sementes, produtos de origem animal, bebidas, entre outros. Dentre tantos procedimentos, podemos citar a padronização de rótulos e embalagens que contenham informações fundamentais para a conscientização e prevenção da saúde dos consumidores, procedimentos para a geração de laudos técnicos referentes a alimentos e bebidas, bem como a prevenção da disseminação de doenças e pestes na importação ou exportação de produtos de origem vegetal e animal. A qualidade no atendimento do MAPA promove a melhoria dos procedimentos de comércio exterior, além de garantir que os consumidores adquiram produtos de boa procedência e dentro dos padrões internacionais de qualidade.

Para saber mais sobre comércio exterior, entre em contato com a UNQ.

Nosso blog é destaque na revista da Portonave

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O blog O Mundo dos Negócios foi destaque na revista da Portonave de janeiro. Confira o texto do diretor da UNQ, Marcelo Raupp, na publicação.

4 motivos para começar a importar

Por: Marcelo Raupp (marcelo.raupp@unq.com.br)

É fato que hoje a concorrência não é mais regionalizada, simplesmente. Pela crescente capacidade tecnológica e a facilitação na comunicação, as possibilidades de negócios são inúmeras e as empresas têm acesso a quase todo o mundo naturalmente. Os produtos internacionais chegam ao Brasil com mais facilidade e os consumidores têm muito mais opções de escolha na hora da compra. Por isso, é preciso encontrar caminhos para convencer que a melhor alternativa é a sua, transformando as ameaças de um mundo globalizado em oportunidades regionais. Para entender um pouco mais das vantagens, destaco a seguir quatro principais motivos.

Redução de Custos

Abrindo oportunidades para compras internacionais, a empresa multiplica a sua possibilidade de suprimento e o parâmetro é mais completo na hora da decisão. Em alguns casos, a importação direta possibilita uma redução maior que 50% se comparada com a compra nacional. Isso mesmo! O custo de toda a importação, incluindo o produto, o frete internacional, os impostos e todas as taxas envolvidas, pode gerar uma economia muito importante num momento econômico em que as vantagens competitivas estão nos detalhes. Não é raro ver empresas economizando R$ 200 mil por mês por estarem à frente neste processo de compras. E mesmo que o ganho seja menor, as vantagens conseguidas em escala certamente farão uma grande diferença na concorrência acirrada. Com custo mais baixo, é possível promover melhores preços, ganhando no giro do produto, ou aumentar a margem na venda, mantendo os preços.

Produtos Diferenciados

Sabemos que alguns países são marcados por terem bastante afinidade com certos tipos de mercados. São especialistas em moda, tecnologia, produtos alimentícios, etc. que acabam sendo referência no desenvolvimento de produtos dentro do nicho. A aproximação com empresas destes países que criam as tendências nas suas áreas é muito importante para apresentar produtos diferenciados e com antecedência no mercado. Complementar o portfólio com um mix de produtos novos pode ser o diferencial na opção do cliente. Além disso, produtos inovadores nem sempre são mais caros. Há exemplos frequentes de empresas que encontraram produtos diferenciados lá fora com valores compatíveis com o mercado.

Informações Atualizadas e Antecipadas

Em um mundo assim globalizado, as informações são a base para as melhores decisões. Quanto mais pudermos entender as dinâmicas das compras internacionais, mais preparados estaremos para tomar decisão em um mercado tão volátil. O contato com o mundo de onde se importa permite receber as informações com antecedência. Seja em tendências, tecnologia, economia, logística e afins, todas as informações darão subsídio para um caminho com menos riscos.

Resultados de uma oportunidade bem aproveitada

As características do mercado atual, com uma velocidade de mudança muito intensa e uma concorrência cada vez mais global e acirrada, demandam um perfil empresarial com a mesma dinâmica. Buscar vantagens competitivas nos detalhes, permitindo que as oportunidades de compra global façam parte do dia a dia da empresa, é pré-requisito para um caminho bemsucedido. Afinal, o dinheiro se ganha na compra bem feita.

 

Como se preparar para desenvolver grandes clientes internacionais

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Já abordamos em colunas anteriores o tema internacionalização de empresas brasileiras. Em momentos de crise, muitas organizações em nosso país buscam como saída a expansão de seus negócios através da abertura de grandes clientes em mercados desenvolvidos, tais como América do Norte e a Europa Ocidental. Entretanto, poucas são as empresas que conseguem ter êxito pois, além de a concorrência ser muito grande, as exigências deste tipo de clientes normalmente são muito altas. Muitas empresas brasileiras não conseguem se adaptar a estas exigências e acabam no meio do caminho.

Grandes contas buscam o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia de suprimentos

Estamos auxiliando um cliente no desenvolvimento de uma grande conta no Reino Unido. Esta cadeia de lojas britânica entende que a valorização de sua marca passa não somente pelo controle de seus processos internos, mas também pela otimização de toda a sua cadeia de suprimentos. Desta forma, na seleção de seus fornecedores, ela não está somente preocupada com o produto e o preço dos seus fornecedores. A empresa também exige que os mesmos ofereçam boas condições de trabalho aos seus colaboradores, exige que os fornecedores desenvolvam bons padrões de sustentabilidade e exige também a implantação de padrões éticos.

Isso significa que não adianta um fornecedor brasileiro produzir com boa qualidade às custas de horas-extras diárias de seus colaboradores na fabricação destes produtos. Não adianta o produto ser inovador, mas os colaboradores da fábrica estarem expostos a condições de trabalho perigosas. Não adianta a empresa ter baixo custo, mas não ter um sistema de controle de poluição fabril. Não adianta o fornecedor ser líder em seu segmento, mas estar envolvido em esquemas de corrupção.

A internacionalização demanda adaptação em todos os processos organizacionais

Na prática, empresas brasileiras que queiram atender grandes contas mundiais deverão, além de garantir um produto bom e barato, investir continuamente na melhoria dos seus processos internos e de seus fornecedores, respeitar a legislação, criar sistemas de qualidade que garantam que garantam também o cumprimento das normas ambientais.

Muitas empresas percebem que, após superar os desafios de adaptação no desenvolvimento de um grande cliente no exterior, o resultado final é a geração de um círculo proativo e sistêmico em toda a cadeia, melhorando não somente as empresas individualmente, mas todo o meio em que elas estão inseridas. Assim, a cadeia produtiva internacional trabalha para, além de gerar riquezas em nível global, gerar um mundo com políticas mais sustentáveis e com melhores condições laborais.

Para saber como internacionalizar sua empresa, entre em contato com a UNQ Import Export.

Texto: Renato Barata Gomes, diretor da UNQ Import Export. Originalmente publicado no jornal A Tribuna, de 11/01/2017. 

4 vantagens de realizar comércio com o Mercosul

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 Muito se discute sobre a real importância do Mercosul para os negócios internacionais de empresas brasileiras. O Mercosul é um acordo de integração econômica iniciado em 1991. Atualmente, o bloco é composto pelos chamados Estados Parte e Estados Associados. Os Estados Parte são Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, e a Bolívia que se encontra em processo de adesão. Os Estados Associados são Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname. Os principais objetivos do Mercosul são:

  • Livre circulação de bens, serviços, por meio da redução das barreiras;
  • Harmonia comercial através de uma classificação tarifária padronizada;
  • Coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes;
  • Fortalecer continuamente o processo de integração do bloco.

Para se ter uma ideia, estima-se que o comércio dentro do Mercosul se multiplicou por mais de 12 vezes em duas décadas. Mais de 80% das exportações brasileiras para o bloco é composta de produtos industrializados, quebrando o paradigma de que o Brasil é somente exportador de matéria-prima. Nesta coluna, cito 4 vantagens de realizar comércio com o Mercosul:

1 – Redução de impostos na comercialização entre membros do Mercosul

De forma prática, no dia a dia das empresas brasileiras, o maior benefício para nossas empresas que exportam para Estados Parte e Associados do Mercosul, é que os produtos fabricados no Brasil podem entrar nos países parte e nos países associados sem a incidência de um imposto chamado de imposto de importação. O imposto de importação, para se ter uma ideia, pode variar de 2% até 35% em importações formais.

2 – Menores distâncias reduzem o tempo de entrega e o custo de estoque

Como os países do Mercosul possuem proximidade geográfica, as distâncias percorridas no transporte de mercadorias são menores. Assim, o planejamento de reposição de estoque fica mais simples e mais barato, pois o estoque de segurança pode ser menor do que quando se importa da Ásia e Europa, por exemplo.

3 – Desenvolvimento de linhas de financiamento para comércio no Mercosul

Acordos entre bancos de desenvolvimento de Estados Partes e Associados, visam a criação de linhas de crédito específicos para empresas que comercializem produtos dentro do bloco, fortalecendo a integração econômica do mesmo.

4 – Desburocratização e agilidade nos processos de importação e exportação

Busca constante de desburocratização e maior agilidade no comércio internacional entre os países do Mercosul. Um exemplo é um projeto que visa validar as assinaturas digitais nos certificados de origem digitais em transações comerciais entre Estados Parte, simplificando assim seus procedimentos comerciais.

É importante que as empresas conheçam as vantagens inerentes ao comércio exterior e as trabalhem de forma a criar alternativas para expansão comercial, principalmente nestes momentos difíceis de crise.

Para saber mais, entre em contato com a UNQ Import Export e descubra como sua empresa pode se beneficiar do comércio exterior.

Coluna originalmente publicada no Jornal A Tribuna, Criciúma, 30/11/2016