Blog da UNQ

A missão de conseguir clientes no exterior

Conseguir clientes no exterior é sempre resultado de muito trabalho. Não basta ter um produto competitivo: é preciso preparo, estudo do mercado alvo, dos potenciais compradores, da concorrência local e de outros, hábitos de consumo, cultura, normas técnicas, acordos comerciais, possíveis barreiras e adequações para atender legislações específicas. Tudo isso faz parte da rotina do profissional Maykon Elias, de gerente de comércio exterior na Olivo SA Produtos Elétricos, empresa com sede em Siderópolis (SC).

“Hoje nosso mercado de atuação é América do Sul e Central. Temos muito sucesso com nossa linha de produtos em países como Bolívia, Uruguai, Paraguai, Peru e Argentina. Estamos trabalhando em certificações para em breve entrar no mercado norte-americano que é muito mais exigente”, explica Maykon Elias. Aos 32 anos, ele é bacharel em Administração com ênfase em Comércio Exterior (Unesc) e possui um MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (Fundação Getúlio Vargas – FGV).


Maykon exerce o cargo na Olivo desde março de 2015. A companhia é especializada na produção de artigos de iluminação industrial, pública e de exterior, além de contar com linhas de produção de eletroferragens e hastes de aterramento. De acordo com o profissional, conhecer a própria empresa também é importante para que o processo de vendas ao exterior seja bem-sucedido.

“Além do estudo do mercado, é necessário o preparo interno da organização, estudo de capacidade, flexibilidade de linha de produção e adequações, mão-de-obra qualificada, tanto na produção quanto em rotinas administrativas relacionadas à operação de comércio exterior”, expõe.

Só depois da conclusão de que a empresa tem capacidade para conquistar um novo mercado é que se inicia o trabalho de abordagem de potenciais cliente, participações em feiras e eventos do segmento para criar contatos e, no futuro, convertê-los em clientes ativos.

Na avaliação de Maykon, o profissional do comércio exterior precisa dominar o idioma do mercado alvo ou, pelo menos, o inglês, além de ter conhecimento sobre os processos, o produto, o posicionamento frente à concorrência e quem são os players do mercado. No campo pessoal, é preciso ter disponibilidade para trabalhar em ambientes multiculturais, viajar e passar semanas longe da família.

Adquirir experiência

O gerente de comércio exterior da Olivo recomenda a quem está dando os primeiros passos na carreira que busquem a fluência em inglês antes de concluir a graduação.

Estágios em empresas são importantes para a transição entre a academia e o mercado, assim como a participação em projetos universitários em parcerias com empresas, que permitem aos acadêmicos demonstrar suas qualidades a potenciais empregadores, como comunicação, comprometimento, proatividade e trabalho em equipe.

Maykon também sugere que a formação continue após a graduação, com ao menos uma especialização na área. “Isso mostra para o mercado que a pessoa está focada no comércio exterior”, observa. Mesmo assim, ele considera que o maior ganho vem com o dia a dia na atividade. “Ao longo da jornada, o profissional vai adquirindo experiência e aprendizado com cada novo processo, nova negociação e novo mercado. Não há nada mais valioso do que essa experiência”, conclui Maykon.

O autor

redação UNQ

redação UNQ

Faça um comentário!