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Em missão empresarial no Paraguai e Bolívia, Apex avalia importância da exportação para pequenas e médias empresas

Em missão empresarial no Paraguai e Bolívia, Apex avalia importância da exportação para pequenas e médias empresasapex

Você sabia que de toda a exportação do Brasil apenas 1% é realizada por pequenos e médios negócios? Com o intuito de fomentar negócios na América Latina, a Agência de Promoção à Exportação do Brasil (Apex) promove, com mais 41 empresários, uma missão comercial no Paraguai e Bolívia.

 
Para Renato Barata Gomes, diretor da UNQ Import Export, os motivos para o baixo índice são inúmeros. “Os empreendedores consideram ser muito difícil vender ao exterior. Outra questão é o amplo mercado interno que temos, não propiciando a internacionalização de muitos bons produtos”, pondera.

 
Segundo o diretor da Apex-Brasil, André Favero, é preciso cuidado antes do pequeno empresário exportar. “A exportação não pode prejudicar o fornecimento para compradores no mercado interno. A ideia é complementar o mercado nacional, o que pode significar dobrar a produção ou até abrir um novo turno em uma fábrica, por exemplo”, sugere.

Flexibilidade

 

Mais do que aumentar a produção, muitas vezes é preciso fazer adaptações no produto que envolvem fatores culturais, como o gosto do consumidor, tamanho de embalagens e questões regulatórias. Ser flexível na hora de atender o mercado externo é uma dica dos empresários que já exportam. “Embalagem, rótulo e até a cor do produto podem influenciar o resultado”, diz Favero.

 

Juliana Fontana Andrade e Maurício Ecker Fontana, sócios da Fontana, empresa de sabões, são um exemplo. “No Paraguai, precisamos mudar o tamanho do sabão em barra. No Brasil, vendemos 200 gramas, mas aqui a aceitação é melhor para o de 100 gramas”, explica Juliana, que participa da missão. Além dos tamanhos, a empreendedora conta que é comum mudar fragrâncias nos sabonetes para agradar cada mercado.

 

Em um primeiro contato com um comprador, é importante apresentar materiais no idioma local e preços em dólares. Gislene Dlugosz Silva, da RMix, veio para a missão já com todos os materiais, como produtos, panfletos e apresentações em espanhol. “Estamos há três anos nos estruturando para exportar e a missão é importante para entender o que o mercado local espera”, diz Gislene. Em visitas e reuniões, ela descobriu quais produtos da marca Livre e Leve, especializada em produtos sem glúten e lactose, os paraguaios estão mais dispostos a comprar. “Descobri que eles preferem embalagens de 500 gramas – e não de 300 gramas como temos no Brasil”, diz.

 

Na hora de fazer a conversão do preço é preciso avaliar como os concorrentes precificam. Em muitos casos, uma pesquisa online pode ajudar. “O preço é muito importante. Você precisa conhecer o seu competidor internacional para saber se o preço do seu produto em dólar está competitivo”, diz o diretor da Apex-Brasil.

 

O autor

Marcelo Raupp

Marcelo Raupp

Negócios na Ásia

Sócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.

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