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Governo cria o Plano Nacional da Cultura Exportadora

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Por: Renato Barata Gomes, diretor da UNQ.

Na minha última coluna, havia apresentado aspectos relacionados à cultura organizacional necessários para se atuar no comércio exterior. Para respaldar os conceitos apresentados, fiz uma busca sobre ações reais que comprovem que o governo brasileiro esteja alinhado com as expectativas do empresariado. Percebi que o tema cultura organizacional está tão alinhado aos interesses do governo brasileiro, que o mesmo criou o Plano Nacional da Cultura Exportadora.

Ainda há muito espaço para o desenvolvimento da cultura exportadora no Brasil

Para se ter ideia de como a exportação ainda tem muito a crescer no Brasil, peguei um dado de um relatório da FIESC, que mostra que nos últimos 4 anos, o crescimento médio do número de empresas brasileiras que exportam foi só de 9%. A média de Santa Catarina foi de 22%, mais do que o dobro da média brasileira. Mesmo assim, é fato que ainda existe muito espaço para crescimento da cultura exportadora em Santa Catarina.

Objetivos do Plano Nacional da Cultura Exportadora

O Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) tem como objetivo principal aumentar o número de organizações que operam no comércio exterior. Além disso, a ideia é que as empresas brasileiras migrem da condição de exportadoras de matéria-prima a exportadoras de bens manufaturados com maior valor agregado. A meta do governo é instalar comitês gestores deste plano em todos os estados brasileiros até o fim de 2016.

Plano Nacional da Cultura Exportadora em Santa Catarina

Aqui em Santa Catarina, ocorreu uma palestra em Florianópolis no final de agosto, na FIESC, ministrada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, apresentando o programa, onde foram repassadas diretrizes e metas. O plano é desenvolvido em cinco etapas compondo a chamada trilha da internacionalização:
– Sensibilização: conscientizar as empresas quanto aos benefícios na exportação;
– Inteligência comercial: identificar potenciais mercados externos
– Adequação de produtos e processos: adequar os produtos e serviços de acordo aos mercados alvos;
– Promoção comercial: promover produtos e serviços no mercado externo;
– Comercialização: efetivar vendas no exterior de forma continuada.

O maior desafio é que o plano realmente atenda a empresas de todos os portes

Ainda não foi divulgado como funcionará o processo seletivo e tão pouco um cronograma específico do programa aqui no estado. Sob o meu ponto de vista, o mais importante é que projetos como este realmente saiam do papel e beneficiem as pequenas e médias empresas (PMEs). Infelizmente, no Brasil, a maioria dos programas de subsídio acabam sendo usufruídos por grandes corporações no eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, ao passo que PMEs do interior, que seriam as maiores beneficiadas, acabam muitas vezes nem sabendo da existência dos planos desenvolvidos pelo governo.

Texto originalmente publicado no Jornal A Tribuna, Criciúma, 04/10/2016.

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