Vivemos uma nova revolução global onde a informação passa a ser o centro das estratégias de competitividade nas empresas. Com o desenvolvimento da internet e as novas plataformas digitais, a quantidade de informação gerada atualmente é significativamente maior do que as obtidas há 20 anos.

A maioria dos portais de negócios e de informação nos obriga a realizar um cadastramento, onde fornecemos informações pessoais, profissionais, de perfil de consumo, preferências de produtos, etc. Além disso, nossos hábitos ao navegar na internet, são monitorados continuamente. Apesar deste volume gigantesco de informações geradas na internet, estudos mostram que nem 10% deste conteúdo obtido é processado de forma inteligente.

Por isso, as ferramentas de marketing têm tido cada vez maior importância dentro das empresas mundo a fora. Conhecer o mercado e a concorrência, entender os pontos positivos e pontos negativos das empresas, explorar as oportunidades de mercado e evitar as ameaças inerentes no mundo dos negócios, tornam-se fundamentais para que as empresas alcancem o sucesso.

No cenário internacional, estas ferramentas são potencializadas pois existem diversos fatores que impactam o dia-a-dia das empresas, ao expandir seus negócios internacionalmente ou trazer produtos de fora para o mercado brasileiro.

Quais as diferenças entre Marketing Internacional e Marketing Local?

O termo Marketing Internacional surgiu há menos de 50 anos. A globalização é uma realidade e a integração comercial entre os países cresce a cada dia. A concorrência internacional faz com que empresas, independentemente do tamanho, queiram buscar novos mercados. Entretanto, nem todos conseguem ter sucesso no mercado internacional pois não estão preparados para as nuances do comércio internacional. Se pegarmos o conceito dos 4Ps de Marketing, podemos citar as seguintes diferenças na abordagem de comércio local x comércio internacional:

• Produto: Um dos problemas mais enfrentados pelas empresas no desenvolvimento de um produto para o mercado externo, é não estar atento as legislações e normas locais do país destino. Por exemplo, existem medicamentos vendidos nos Estados Unidos que são proibidos de serem comercializados no Brasil. Brinquedos feitos na China, devem passar pela anuência do INMETRO para que possam entrar no país. Produtos eletrônicos na Alemanha, podem ter voltagem, frequência, diferentes das que utilizamos no Brasil. Logo, é fundamental, que as empresas, ao iniciarem um planejamento de exportação, estejam atentas as regras que normatizam este produto no exterior.

• Preço: no comércio internacional, ao realizar a precificação de um produto de exportação, ou uma estimativa de custos de importação, usualmente estaremos trabalhando com moedas distintas do que a nossa. Logo, estas operações estão suscetíveis à variação cambial. É fundamental estar antenado às taxas cambiais para que se evitem sustos ao comparar o custo planejado versus o custo real.

• Praça: as culturas diferem mesmo dentro de um mesmo país. Entretanto, diferenças culturais entre países tendem a ser muito mais acentuadas. Se tomarmos a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, há uma diferença cultural significativa entre os dois países. Idiomas, alimentação, estilo de vida, forma de fazer negócios, clima, socialização, são exemplos de diferenças que podem tornar os negócios muito difíceis, caso os profissionais não estejam preparados.

• Promoção:

1. Viagens internacionais: Apesar de vivermos em um país continental, os negócios internacionais do Brasil com a Ásia, Europa ou América do Norte, por exemplo, ensejam em deslocamentos muito grandes quando há necessidade de estar presente nos países destes continentes. Nas ações de promoção, normalmente é necessário a realização de viagens internacionais para que se possa promover o produto no exterior. É preciso estar preparado para viagens mais longas, planejar bem itinerário, prestar atenção com a comida, pois o desgaste em viagens deste tipo tende a ser maior do que aquelas a países mais próximos.
2. Fuso Horário: Este parece ser um detalhe irrelevante, mas quando se comercializa com diversos países, o fuso horário pode ser uma grande dor de cabeça. Na China, o fuso é de 11 horas, então prepare-se para fazer hora extra para conversar com o Chinês. Na Alemanha, o fuso é normalmente de 4 horas. Se não planejarmos bem as atividades do dia, podemos ligar daqui no horário de almoço lá, ou mesmo se passar o horário, já não conseguimos pegar o horário comercial dos alemães. Portanto, é preciso muita disciplina para gerir diferentes fuso dentro do planejamento de atividades diárias.

Apesar de que os conceitos de marketing são gerais, independentemente se trabalhados no mercado local ou internacional, estar atento às especificidades do cenário global, são essenciais para que se maximize o sucesso no mundo dos negócios.

O autor

redação UNQ