Mudanças na economia alteram estratégias nas companhias
Mudanças na economia alteram estratégias nas companhias
A alta do dólar e a proximidade dos R$ 4,00 afetam os resultados da balança comercial brasileira e exigem das empresas uma adaptação à nova realidade internacional. Com isso, além de buscar melhorias nos processos de importação para compensar a alta cambial, a recomendação de especialistas é também por investir em exportação para garantir o faturamento não obtido com o mercado interno.
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior e da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), o crescimento da exportação de produtos entre micro e pequenas empresas no último ano foi de 8%. Já no primeiro semestre de 2015, a evolução chegou a 13% entre as companhias deste porte.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, para vender ao mercado externo, os pequenos e microempresários necessitam se adaptar. “Há a necessidade de investir em profissionais, pesquisar as necessidades de mercado e tornar mais eficientes as áreas de compras e vendas”, ressalta.
As mudanças na economia são sentidas por quem atua na assessoria de comércio exterior. Desde 2011, com o real valendo menos em relação ao dólar e a recessão mais intensa desde o último ano, muitos empreendedores optam por atender o mercado externo. “Temos exemplos de confecções e do setor da construção civil que tiveram êxito neste processo. Entretanto, atender às necessidades do mercado externo não é tão rápido. Precisamos planejar, estudar e antever o que determinadas regiões estão com demanda para exportar forma efetiva”, explica o diretor da UNQ Import and Export, Renato Barata Gomes.
O autor
Renato Barata Gomes
Inovação, Tecnologia e GlobalizaçãoSócio-diretor da UNQ Import Export. Engenheiro de Controle e Automação (PUCRS, Brasil). M.Sc. em Engenharia de Produção (Technische Universität Hamburg-Harburg, Alemanha). M.B.A. em Gestão Internacional de Tecnologia (Northern Institute of Technology, Alemanha). Experiência internacional de 6 anos na Alemanha, México e Estados Unidos, trabalhando na empresa ThyssenKrupp na área de projetos internacionais. Experiência gerencial na área de comércio exterior, desde 2006.Professor universitário na área de Marketing Internacional, desde 2006.