O ESTÁGIO E SEU UNIVERSO DE POSSIBILIDADES

Por: Sol Vicente

Atualmente vivemos em um mundo onde as formas de comunicação avançam a cada minuto, novas ideias, invenções, descobertas, e tudo isso graças a profissionais qualificados e dedicados, que a cada dia buscam novos meios de especializar-se. Mas para chegar a tão sonhada carreira bem-sucedida é um caminho longo no qual é necessário subir degrau por degrau. No início é complexo, todos lhe dizem a importância de estudar, mas a primeira pergunta em uma entrevista de emprego é “Quais são suas experiências?”, e, infelizmente, devido a dedicação necessária aos estudos nem sempre é possível adquiri-las na área desejada ficando sempre a dúvida “ Como vou ter experiência se ninguém me der uma chance?”. Foi basicamente assim que surgiu em 1977, a Lei 6.494, atualmente conhecida como a Lei do Estagio nº 11.788/2008, a qual permite ao estudante atuar na área de formação com a carga horaria reduzida, conciliando estudos e carreira.

Nos estágios descobrem-se excelentes profissionais, sendo assim, por que não ampliar esta busca de novos colaboradores para outros países? Poucas empresas sabem, mas é possível realizar a contratação de estagiários estrangeiros. De acordo com a ABIPE (Associação Brasileira de Intercambio Profissional e Estudantil), diariamente são recebidos currículos de estudantes de graduação, pós e até mesmo mestrado de mais de 80 países diferentes. Esta busca incessante por novos países, incluindo o Brasil, se dá pela necessidade do estudante de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, aumentando a procura por empresas bem estruturadas que possibilitem o crescimento profissional destes profissionais em formação.

A UNQ faz parte do projeto IAESTE (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience) o qual tem como principais objetivos:

– Proporcionar aos estudantes com vínculo universitário uma experiência prática relevante, dentro da sua área de formação.

– Oferecer às empresas a contribuição temporária de estudantes qualificados e altamente motivados.

– Ser uma fonte de enriquecimento cultural tanto para os estudantes como para os ambientes que se beneficiam de sua atuação.

Durante o ano de 2017 recebemos duas estagiárias, Niina da Finlândia e Irene da China, ambas participaram das atividades correntes da empresa, proporcionando certamente uma troca de conhecimentos muito importante. Segundo Irene Ren “Entre os clientes de todo o mundo, o mercado chinês consome uma proporção considerável em termos de importação. Estou muito feliz em apresentar a cultura da China e explorar ainda mais o mercado chinês para a UNQ”. Quando contamos com o trabalho de um estagiário estrangeiro, infinitas possibilidades surgem. O contato com novas culturas possibilita a empresa inúmeras vantagens e a aproximação com novos fornecedores é essencial, pois facilita na prospecção de negócios o que nos ajuda a atender a alta demanda de nossos clientes.

Vejo o estágio como uma via de mão dupla onde a integração entre organização e estudante é importante para ambas as partes. Para a empresa, a vinda de um profissional estrangeiro é um período de inserção à cultura. O fato do estagiário não ter experiência é compensado com o rico conhecimento de novas possibilidades, adquiridas a cada conversa juntamente com a motivação do estagiário em aprender cada dia mais.

“Esta experiência em uma empresa de agentes internacionais fornece muitas operações práticas durante o processo de importação e exportação, e está de acordo com minha principal formação “Administração de Empresas” da Universidade de Shanghai. Eu aprecio tanto essa experiência, não só pela prática, mas também pelo feliz tempo gasto com todos os colegas e empregadores amigáveis aqui”, complementa a chinesa.

Um dos princípios do programa IAESTE é a reciprocidade. A mesma quantidade de vagas de estágio ocupada no Brasil por um estrangeiro oportuniza a abertura de uma vaga no exterior para um brasileiro. Este foi um dos principais motivos pelos quais a UNQ resolveu fazer parte do projeto, fomentando não apenas a vinda do estagiário, mas também abrindo a possibilidade de estudantes brasileiros terem a oportunidade de crescimento profissional fora do Brasil, retornando com novas ideias e experiências.