O que é a crise de demanda e o que fazer para enfrentá-la?
Nos últimos meses, temos sentido bastante o problema de demanda que sofre o país. Este problema de demanda nada mais é do que a diminuição do poder de consumo do brasileiro, ou seja, o trabalhador brasileiro tem menor condição de compra, o que gera naturalmente a redução do potencial de vendas das empresas, e isso causa os problemas econômicos que temos visto.
Os principais motivos dessa diminuição de potencial de consumo são 1) o aumento dos juros, que deixam o acesso ao crédito mais caro, 2) o aumento da taxa de desemprego, que reduz a renda média da população, e 3) o aumento dos preços dos bens chamados insubstituíveis, aqueles que não podemos deixar de consumir como energia e transporte, e que limita a compra de outros bens. Ou seja, tendo que pagar mais por essas coisas que somos obrigados, sobra menos para outras coisas que poderíamos consumir.
Esses são os principais motivos da redução de demanda e acabam sendo também consequências, já que há uma tendência de inércia como uma bola de neve. A população consome menos, as empresas vendem menos e ficam em dificuldade. Como consequência, geram menos empregos, o que reduz ainda mais o poder de compra. E assim sucessivamente.
Não adianta brigar com o mercado, insistindo em hábitos que funcionaram no passado, mas não funcionam mais. O mercado consumidor deve ser aliado e não oponente. O que as empresas precisam fazer é buscar alternativas competitivas nos detalhes, adequando-se à realidade. Contar com parceiros especializados que possam buscar opções de importação e exportação favoráveis, fazendo o diferencial, é um caminho importante, já que em meio as atribulações não existe espaço para empresas comuns.
No final das contas, com essa crise de demanda, somente as empresas profissionalizadas é que se destacarão no mundo dos negócios.
Por hoje era isso! Na Zdrowie!
Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br
O autor
Marcelo Raupp
Negócios na ÁsiaSócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.