O que pode ser feito para que o Porto de Imbituba recupere a linha Ásia?
No dia 5 de setembro de 2017, o Porto de Imbituba comemorava a chegada do primeiro navio que faria a linha Ásia e iniciava ali uma nova era com expectativas de crescimentos para toda a região sul. Somente no primeiro mês de operação os números foram animadores. Ao todo cinco grandes embarcações com destino ao continente asiático passaram por Imbituba, dobrando a movimentação mensal de contêineres no porto.
A linha era considerada uma conquista da comunidade portuária Imbitubense, e segundo a SCPar, empresa que administra o porto, foi possível incluir Imbituba na escala em função das tarifas competitivas e da profundidade do calado (parte do navio que pode ficar submersa) que é a maior do sul do país e uma das maiores do Brasil.
A vantagem dos navios gigantes é que quanto mais peso uma embarcação pode levar, mais produtos podem ser adquiridos com o mesmo valor de frete, barateando assim as mercadorias para os clientes. Entre as principais cargas exportadas, estavam carne de frango, polietileno e coque. Na importação, destaque para o ferro fundido e o polipropileno.
Passado quase dois anos do início das operações, a linha Ásia mudou sua rota e desde janeiro deste ano, o destino agora é o porto do Rio Grande-RS, o que preocupou bastante os empresários, especialmente aqueles que utilizavam da linha. O assunto já está sendo debatido entre as lideranças empresariais e políticas da região. O diretor da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), Édio Castanhel, entende que o cancelamento da linha é uma perda para a região. “Muitas empresas daqui usavam essa linha tanto para exportação como para importação(…) “Foi uma conquista e agora uma decepção”, acrescenta o diretor.
“Estamos trabalhando firme para conquistar novas linhas de longo curso e cabotagem, estamos crentes de que o porto de Imbituba tem enorme potencial, e vamos explorar isso ao máximo, dentro da legalidade” afirma Jamazi Alfredo Ziegler, diretor-presidente da SCPar Porto de Imbituba.
Com o fim da linha Ásia, perde setor público e privado, pois deixa de arrecadar recursos que poderiam ser aplicados na região e principalmente investidos no porto. Você, leitor, tem alguma proposta para contribuir e assim, ajudar no desenvolvimento do porto?