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Qual a relação entre a Marinha Mercante, o AFRMM e o impacto no comércio internacional?

O modal logístico marítimo é o mais utilizado no comércio exterior e proporciona a navegação em oceanos, rios e lagos através de navios de carga. A grande utilização deste modelo de transporte está relacionada a maior capacidade de carga em relação aos outros modais, o que reduz o custo deste transporte.

Na logística internacional marítima, os portos acabam tendo uma função importante de interface entre o caminhão e o navio, através do armazenamento e movimentação das cargas, mantendo a dinâmica operacional do comércio internacional. Através do modal marítimo, é possível transportar cargas pesadas até lugares mais distantes, que não seria possível por outros meios.

E qual o papel da Marinha Mercante neste contexto?

Com a importância do modal marítimo e da operação portuária para o comércio internacional, a marinha mercante também tem um papel fundamental neste contexto, tanto no que tange aos aspectos operacionais, quanto aos aspectos de segurança. A marinha mercante é um aglomerado de organizações, profissionais, navios e outros recursos que operam atividades marítimas, fluviais e lacustres, e é composta por civis que fazem parte da reserva naval, constituindo o ramo civil da marinha. Normalmente, divide-se em alguns subgrupos tais como:

  • marinha comercial,
  • marinha da pesca,
  • desporto náutico e atividades recreativas,
  • autoridade marítima,
  • formação náutica,
  • operações portuárias,
  • investigação marinha.

Como a marinha mercante é estratégica em muitos países, governos precisam investir no aumento de oferta de serviços locais de transporte aquaviário, no desenvolvimento da indústria naval nacional e na produção de equipamentos. Para isso, são necessárias medidas de intervenção e arrecadação que possibilitem tais investimentos.

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E como o AFRMM incide sobre o frete?

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Desvalorização da moeda chinesa e a redução dos preços em dólar

O câmbio é sempre um fator estratégico nos negócios internacionais. Com informações
atualizadas no mundo, é possível negociar com mais eficácia e ter melhores resultados. Não
simplesmente no momento do fechamento do câmbio em si, mas principalmente no contato
com o exportador no país de origem. E no momento da desvalorização da moeda chinesa, pode ocorrer uma redução dos preços em dólar.

Como funciona?

Sempre que há uma variação cambial, os preços em dólar estão suscetíveis a variações
também, já que a conversão da moeda local mudará. Exemplificando, se o preço em moeda
local é LO$100, com um dólar a LO$2, o preço do produto deve ser USD50 para que a
rentabilidade da empresa se mantenha no LO$100. Caso o dólar aumente hipoteticamente
para LO$4, a mesma rentabilidade de LO$100 pode ser alcançada com o preço de USD25. Isso
permite um aumento na escala de exportação com preços melhores.

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No caso da China, o câmbio é controlado, diferentemente do Brasil que é flutuante, e o
Governo Chinês desvaloriza a moeda quando precisa estimular as exportações. Por isso, as
variações devem ser sempre bem aproveitadas. Neste último mês, tivemos um aumento na relação RMB/DOLAR na faixa de 3,5% o que pode ser diretamente transferido para o preço em dólar,
haja vista a manutenção da rentabilidade local.

Claro que dificilmente o vendedor disponibilizará um desconto por iniciativa, já que o ganho
cambial também é importante para ele. Por isso, sempre que houver essas variações, converse
com o exportador e tente essa redução proporcional no preço em dólar do seu produto. O
ganho sempre estará nos detalhes.

Siscoserv: serviços de instalação e manutenção realizados no exterior

Muitas fabricantes de equipamentos brasileiros comercializam seus produtos internacionalmente e uma dúvida constante é como funcionam os serviços de instalação e manutenção realizados no exterior através do Siscoserv. A venda de equipamentos é complexa pois, além do produto, são realizados serviços de instalação com o objetivo de deixar o equipamento rodando e configurado de acordo com as especificações dos clientes. Além disso, são fornecidos serviços de manutenção preventiva e corretiva prolongando a vida útil das máquinas exportadas.

Dependendo da complexidade dos equipamentos, é imprescindível que o fabricante tenha que se deslocar até o país destino para prestar estes serviços. Entretanto, é comum que estas empresas não realizem os registros destas operações no Siscoserv, principalmente por desconhecimento de tal obrigatoriedade.

Segundo o manual do Siscoserv, item 5:

“estão obrigados a registrar as informações no Sistema – Módulo Venda, os residentes ou domiciliados no Brasil que realizem, com residentes ou domiciliados no exterior, operações de venda de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados, inclusive operações de exportação de serviços”.

Para que se possa realizar este lançamento no Siscoserv, é necessário identificar o código do serviço prestado. A Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (NBS) é a base de dados nacional que deve ser utilizada para tal classificação. Ela permite uma padronização que facilita a geração de estatísticas e a fiscalização das operações de serviços realizados no âmbito internacional.

E quais são os códigos utilizados no Siscoserv?

Analisando a NBS na busca dos serviços de instalação e manutenção de máquinas e equipamentos genéricos, identificamos os seguintes códigos:

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A partir da identificação do código do serviço na NBS, o fabricante poderá então realizar no módulo de venda, os registros do RAS, referente aos registros dos serviços realizados e depois do RP, referente ao pagamento recebido pelos serviços prestados.

O assistente de exportação e seu trabalho quase invisível

Valdir Scarduelli buscou especialização para crescer na área e desde então o assistente de exportação é um curinga no Comércio Internacional  e garante que todos os esforços da empresa, após fechar a venda internacional, sejam atendidos na entrega.

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Isso consiste em  exercer várias atividades como:

  • dar suporte ao cliente internacional e aos agentes de venda,
  • emitir documentos de exportação,
  • coordenar a logística das cargas desde a fábrica até a entrega de contêineres, seja nos portos, nas fronteiras terrestres ou aonde os Incoterms determinarem.

Valdir atua hoje em uma grande empresa de revestimentos cerâmicos, a Angelgres e para chegar a este nível profissional, precisou se dedicar à capacitação. Primeiro, cursou Administração, com habilitação em Comércio Exterior, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Tempos depois, em busca de ampliar o conhecimento profissional, cursou MBA em Negócios Internacionais na mesma instituição.
Na visão dele, a função de um assistente de exportação pouco aparece mas, nos bastidores, mas possui papel fundamental nos negócios internacionais.

“Entre a confirmação da venda e o recebimento da carga pelo importador, há um minucioso e dedicado trabalho ‘invisível’. Desde a busca por estoques, programações de produção, até os dead lines dos navios por cumprir e diferentes documentos para cada aduana, essa função exige do profissional muito cuidado e atenção aos detalhes”

Busca incansável pelo conhecimento

Além de todos esses aspectos, o desenvolvimento do idioma é um item fundamental. A gerente de exportação da Angelgres, Andréia Debiasi, frisa que para atuar na função de assistente de

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Transporte marítimo: como os armadores determinam a melhor rota?

Do valor total das mercadorias negociadas internacionalmente, dois terços são transportados pelos armadores, de acordo com dados do World Shipping Council. O transporte marítimo é o meio mais procurado para levar cargas a grandes distâncias, e a eficiência das operações depende da disponibilidade e da frequência com que os navios atracam nos portos. Mas, antes de soltar a âncora, muitos fatores são considerados pelas companhias marítimas.

Segundo o especialista em transporte internacional da Ethima Logistics, Rafael Schneider, os armadores escolhem os locais por onde vão passar de acordo, principalmente, com a demanda de carga para um destino e a possibilidade de encaixar o terminal em uma rota já existente. “Além da demanda, também é levada em conta a disponibilidade de outras companhias utilizarem este porto, condições operacionais e os custos para adicionar um porto a mais na rota”, explica.

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