Blog da UNQ

Democratização da educação no mundo

Por: Renato Barata Gomes, especialista em negócios internacionais, sócio-diretor da UNQ Import Export (renato.barata@unq.com.br).

As novas tecnologias digitais têm revolucionado todos os setores da economia em nível global. Na educação não é diferente. O ensino à distância veio para ficar e tem desafiado o ensino tradicional. Atualmente, a maior parte das universidades no país já oferecem as duas modalidades de ensino, presencial e a distância. Esta última modalidade contribuiu para aumentar o acesso ao ensino e reduzir os custos de ensino no Brasil e no mundo. Diariamente, muitos empreendedores trabalham incessantemente para aumentar a democratização da educação no mundo.

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Foto: Reprodução

MOOCs e a revolução do ensino

Com o crescimento do ensino à distância, surgiu um novo conceito chamado MOOC, criado com o objetivo de revolucionar o ensino mundial. MOOC vem da sigla em inglês Massive Open Online Courses, que em português significa Cursos Online Abertos e Massivos. Os MOOCs surgiram através de startups EdTech (focadas em educação), onde foram criados portais e aplicativos mobile de ensino à distância, onde universidades de renome mundial, tais como Harvard, MIT, Stanford, cederam cursos completos e gratuitos para serem colocados à disposição dos usuários. Normalmente, os cursos gratuitos não dão direito a certificado. Entretanto, atualmente já é possível realizar cursos de extensão a preços acessíveis e com direito a certificação. Em tese, os custos se tornam acessíveis pois os cursos são realizados por milhares de pessoas de forma simultânea.

MOOCs não competem com o ensino tradicional, mas buscam complementá-lo

Os MOOCs não têm a intenção de competir com o ensino tradicional, até mesmo porque são financiados por universidades tradicionais. A meta é aumentar a qualidade dos cursos de extensão fazendo com que o ensino de qualidade disponível em cada país, possa ser pulverizado em escala global. Outro foco é disponibilizar conteúdos a jovens que estão ainda escolhendo sua carreira profissional. Com os Moocs, jovens podem conhecer cursos de diferentes áreas, antes mesmo de ingressar na universidade, maximizando as chances de sucesso na escolha da profissão. Além disso, estudantes também podem conhecer as metodologias de ensino de diferentes escolas, auxiliando na escolha da que melhor se adeque ao seu perfil.

Coursera benchmark de MOOC internacional

A empresa Coursera é uma das pioneiras no modelo de MOOC internacional. Fundada nos Estados Unidos, possui hoje milhares de cursos disponíveis em praticamente todas as áreas de conhecimento, e disponíveis nos mais diversos idiomas. Os cursos estão disponíveis em vídeo aulas com áudio no idioma nativo ministrado pelo professor e legendas em diferentes idiomas. Este conteúdo somente é possível através de uma rede global de tradutores voluntários chamada GTC, Global Translators Community, que viabilizam a elaboração de legendas de acordo com o seu país. A empresa disponibiliza conteúdo através de um portal e também através de aplicativo que pode ser encontrado em diferentes plataformas mobile. A Coursera no Brasil desenvolveu uma parceria com a Fundação Lemman, uma das principais instituições brasileiras no fomento da educação de qualidade no Brasil.

Agilidade nas estradas

Contratação de uma transportadora especializada reduz riscos

No sul de Santa Catarina, os caminhos para as mercadorias chegarem do exterior ou viajarem para fora do país passam, quase que obrigatoriamente, pelas estradas. E, no caso do comércio internacional, o transporte rodoviário precisa ser tratado com a mesma seriedade que o marítimo ou o aéreo, pois as particularidades dos processos são constantes do começo ao fim da viagem.

“As cargas transportadas em containers exigem muita atenção já que temos que cumprir horários apertados, o que não acontece no transporte convencional”, explica Fernando Sartor, sócio da Translara Transporte de Cargas, de Cocal do Sul, especializada em comércio exterior. O não cumprimento destes horários para a coleta de uma carga importada ou entrega de uma carga de exportação pode gerar uma multa de no show, custos de reagendamento e até perda do embarque. Os custos podem facilmente ultrapassar os R$ 1.000,00 por dia.

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Imagem: Caderno O MUNDO DOS NEGÓCIOS/Março 2017

Particularidades

Isso acontece porque ao contrário do transporte rodoviário nacional, nas importações e exportações com contêiner, a retirada e embarque nos portos têm agendamentos prévios que precisam ser cumpridos. No caso das importações, após a nacionalização das mercadorias, o importador é avisado que a carga se encontra disponível e então pode agendar o horário que ela será retirada.  Já para exportar, a empresa brasileira compra um lugar no navio e, se perder o horário de entrega, a embarcação parte sem a carga. Em ambos os casos, as multas são aplicadas. Além disso, há também atrasos para entregar as mercadorias, necessidade de reagendamentos e possíveis despesas com armazenagem.

“Temos uma janela de duas horas para realizar as operações dentro dos terminais e caso não seja cumprida, precisamos reagendar com rapidez para evitar custos extras”, complementa Fernando. Para ele, o segredo para processos bem sucedidos é o trabalho preventivo para antecipar as situações problemáticas. “A transportadora precisa estar atenta aos agendamentos, ao tempo de viagem, saber em média o tempo que o embarcador leva para estufar o contêiner, os horários de trânsito e os gargalos que o motorista pode encontrar pelo caminho”, explica.

Especialistas

Além disso, os caminhoneiros precisam de treinamento especial para informar qualquer imprevisto à base e possibilitar as soluções rapidamente. “O motorista precisa conhecer como funciona a dinâmica do porto, dos terminais. Temos muitas situações de profissionais que saem das operações tradicionais e migram para o transporte de containers. É necessário treinamento e adaptação”, alerta.

Outro ponto importante que diferencia o serviço de transportes comuns de um especializado em comércio exterior é o relacionamento mais próximo com as operações portuárias, o que dá mais agilidade em todas as etapas. “No caso da Translara, contamos com ponto de apoio em Itajaí para facilitar os trâmites com as documentações físicas necessárias. Quando estamos no local, também melhoramos o nosso contato com os parceiros e temos maior facilidade para acessar os terminais”, conclui.

Matéria originalmente publicada no caderno O MUNDO DOS NEGÓCIOS. Para receber uma cópia, envie email para imprensa@unq.com.br. 

Gestão de comércio exterior e relações internacionais na operação Carne Fraca

Por: Renato Barata Gomes, especialista em negócios internacionais, sócio-diretor da UNQ Import Export. renato.barata@unq.com.br.

A operação Carne Fraca, denunciada na semana passada pela Polícia Federal, trouxe à tona problemas sérios referentes à qualidade da carne produzida no Brasil. A operação também investiga corrupção entre empesas e fiscais do Ministério da Agricultura. A divulgação do escândalo teve repercussão interacional gerando embargos de países compradores de carnes brasileiras. O caso tem demandado um esforço nacional com o objetivo de reverter a imagem negativa do Brasil no exterior, tanto das empresas envolvidas com comércio exterior, quanto do governo federal e Itamaraty nas relações internacionais.

Brasil negocia com países que suspenderam a importação de carnes brasileiras

No âmbito do comércio internacional, compradores de Estados Unidos, Coréia do Sul, Vietnã, Arábia Saudita, intensificaram a inspeção dos produtos brasileiros. Já no âmbito das relações internacionais, na semana passada, os principais países compradores de carnes brasileiras suspenderam as importações de frigoríficos no país. Dentre eles, Argélia, Bahamas, Catar, Chile, China, Egito, Hong Kong (região administrativa especial da China), Jamaica, México, Panamá, Trinidad Tobago. Após negociações intensas e o envolvimento do próprio presidente Temer, China, Chile e Egito, durante esta semana, retiraram a suspensão geral das importações de carnes, mantendo o veto somente aos 21 frigoríficos investigados na operação.

As exportações de carne brasileira caíram 19% desde o início da operação Carne Fraca

As exportações de carne brasileira tiveram uma redução na sua média diária na ordem de 19% na quarta semana de março, comparada ao acumulado do mês. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgou que a média diária de exportação de carnes era de US$ 62 milhões, até a terceira semana de março. Este montante caiu para US$ 50 milhões na última semana.

Principais compradores de carnes brasileiras em 2016

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Imagem: G1.globo.com | Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)

CASE – Importação como diferencial

Vantagens da compra no mercado externo vão além da redução de custos

Há 45 anos, surgia uma das marcas de vestuário mais representativas da região. Foi com o perfeccionismo de um alfaiate, o Seu Jorge, como era conhecido o fundador, que a empresa produziu os ternos de toda uma geração. Hoje, os trajes continuam sendo fabricados e comercializados com base nos conhecimentos deixados e alcançam quase todos os estados do país.

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Jorge Luiz de Luca, empresário. Foto: Lucas Colombo/O Mundo dos Negócios

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Seis tendências das startups para o futuro dos negócios no mundo

Por: Renato Barata Gomes, especialista em negócios internacionais, sócio-diretor da UNQ Import Export. renato.barata@unq.com.br.

Startups são empresas nascentes, normalmente de base tecnológica, e que possuem um modelo de negócio repetível, escalável e com alto potencial de crescimento. Geralmente, são empresas que através de inovações, buscam solucionar problemas globais. Por isso, quando bem administradas, possuem alta probabilidade de sucesso internacional. A coluna de hoje traz dicas de áreas com boas perspectivas de crescimento no futuro:

 

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1 – Fintech:

Linha de negócios baseados na utilização de software para prestação de serviços financeiros. Prometem desafiar o sistema bancário tradicional. A Nubank, por exemplo, é uma startup que oferece um cartão de crédito sem anuidade e um aplicativo de celular que auxilia em toda a gestão de finanças pessoais das compras realizadas com o cartão de crédito.

 

2 – Edtech:

Startups do setor educacional com objetivo de otimizar metodologias de ensino-aprendizagem através de novas tecnologias e sistemas de ensinos inovadores. A startup Veduca oferece cursos gratuitos à distância cedidos por renomadas instituições de ensino no mundo.

 

3 – Cleantech ou GreenTech:

Incluem projetos focados nos temas energia limpa, sustentabilidade, produtos e serviços “verdes”, isto é, que promovem a preservação do meio ambiente e o desevolvimento sustentável. A Ecosynth S/A é uma startup que possui soluções para redução de biossólidos.

 

4 – Healthtech:

Buscam transformar conhecimento e habilidades em equipamentos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para solucionar um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A empresa CucoHealth desenvolveu um aplicativo com diversas funcionalidades como uma enfermeira digital, que ajuda a gerenciar os tratamentos do usuário ou mesmo de familiares, avisando a hora de tomar os remédios, e informando a quantidade a ser ministrada.

 

5 – Adtech:

O termo refere-se a todas as tecnologias, softwares e serviços utilizados para criar, entregar e controlar ações de marketing digital. A startup Resultados Digitais apresenta ferramentas para a automatizar a implementação de estratégias de Marketing Digital.

 

6 – Agritech:

Startups utilizam tecnologia para otimizar a agricultura, pecuária e pesca. A empresa Agrosmart usa a tecnologia para economizar até 60% da água nos sistemas de irrigações.

 

Gestão de comércio exterior auxilia na internacionalização das startups

O desenvolvimento de  produtos inovadores, aliado ao conhecimento nas estratégias de gestão de comércio exterior, aumentam muito as chances de sucesso na estratégia de internacionalização.