Blog da UNQ

Mais uma Empresa Chinesa de Qualidade

Apesar do cenário parecer pouco favorável às empresas, algumas companhias estrangeiras têm visto o mercado brasileiro de uma forma diferente. Um exemplo disso é a empresa chinesa produtora de Smartphones, Xiaomi (lê-se Cháumi), que lançou seus primeiros produtos no Brasil esta semana.

Para os que ainda tem o preconceito de que produto chinês é sinônimo de produto ruim, é bom lembrar que há muitas empresas sérias, que investem em pesquisa, inovação e tecnologia no país oriental. É só questão de encontrar os parceiros confiáveis que deem sustentabilidade aos negócios. Afinal, a China consumiu em 2014, mais de 400 milhões de Smartphones e, naturalmente, com essa demanda gigantesca, acabou se especializando no assunto. É o que acontece com outros produtos também. Pela grande demanda, o país acaba se especializando na produção, desenvolvendo capacidade de oferecer produtos com qualidade.

No caso dos celulares da Xiaomi, a expectativa é de conhecermos uma nova linha de Smartphones modernos e funcionais com preços mais acessíveis. A marca aqui será conhecida como “Mi”. O interessante é que a empresa decidiu investir no mercado brasileiro em um momento de recessão evidente, de falta de consumo. Claro que isso tudo faz parte da oportunidade vislumbrada pela Xiaomi, que sabe que o Brasil é um mercado crescente no consumo de aparelhos celulares.

smartphone

Um fator importante que sinaliza este potencial de crescimento é que, diferente dos chineses, o brasileiro ainda está descobrindo as facilidades dos smartphones. Este vício relativamente novo por aqui, somado a preços mais acessíveis, formou o cenário ideal para a marca entrar no Brasil, mesmo em momento de insegurança na economia.

Baseada neste paradigma sobre a qualidade chinesa e na condição econômica do país, a empresa aposta na estratégia de preços atrativos e no slogan “chega de mimimi”. Este exemplo da Xiaomi vem para ilustrar o grande desafio das empresas no mercado globalizado – encontrar nas ameaças as grandes oportunidades.

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Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

Os primeiros passos para começar a exportar

Com esta alta cambial e a falta de consumo no Brasil, todas as esperanças de retomada de crescimento da economia estão voltadas para a exportação. Para a empresa que não está no contexto, exportar pode parecer algo bem distante, mas, que se bem trabalhado, não é. O primeiro passo é procurar uma empresa especializada em negócios internacionais, seja ela privada ou fomentada pelo governo. A empresa fará os primeiros esclarecimentos e mostrará que exportar não é um bicho de sete cabeças.

O segundo passo é, juntamente com esta assessoria, encontrar os mercados no mundo que são potenciais consumidores do produto. Afinal, é difícil imaginar uma aceitação grande de biquínis na Antártida, por exemplo. Naturalmente, pela cultura, pela legislação, pelas condições administrativas e até climáticas, alguns países terão maiores condições de absorver o produto do que outros. E, logicamente, isso varia de caso a caso.

O terceiro passo é adaptar as ferramentas de apresentação do produto. Website, material promocional, embalagens e, algumas vezes, até a logo e a marca devem estar de acordo com a cultura local. Alguns países podem não aceitar bem cores, objetos e nomes que soam bem no Brasil. Um caso que exemplifica bem essa necessidade de adaptação é do carro Pajero, que em espanhol tem relação com o verbo “masturbar”. Com certeza, se fosse chamado assim nos países hispânicos, não teria qualquer apelo comercial e seria um fracasso de vendas.

Com estes passos tomados, de identificar o país e adequar o produto ao mesmo, o trabalho comercial segue a mesma lógica: buscar potenciais clientes através de feiras e eventos da área, aproveitando os incentivos que o governo tem disponibilizado. O tamanho da empresa não é desculpa para não exportar. A limitação está na profissionalização, na capacitação e na vontade de sair da zona de conforto. A poltrona do vovô é boa, mas nem sempre é o melhor lugar.

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Marcelo Raupp
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A Crise e as Oportunidades do Vestuário

Um dado que chamou a atenção negativamente essa semana veio do Sindivestuário. De acordo com o sindicato que reúne os fabricantes de roupas femininas, masculinas e infanto-juvenis, nos quatro primeiros meses deste ano, 500 confecções fecharam as portas no país. É mais um setor onde os empresários afirmam que é a pior crise dos últimos 20 anos.

Como já analisamos aqui, há um problema de consumo indubitável no Brasil e o desafio do empresário é buscar alternativas para enfrentar a crise. Como a concorrência global no vestuário é intensa (afinal, a China tem batido à porta há tempos), a única saída das empresas é tratar de frente as oportunidades dessa abertura do mercado internacional, seja importando e/ou exportando. Ao buscar alternativas de compra no exterior, a empresa pode, além de reduzir seus custos, encontrar produtos diferenciados para agregar ao seu portfólio. No outro lado, ao buscar clientes no exterior, a empresa pode encontrar compradores com perfis diferentes e obter maior liquidez nas negociações com a utilização de um câmbio favorável.

Independentemente do tamanho da empresa, as oportunidades nos negócios internacionais estão à disposição. E, neste caso, não adianta reclamar das condições negativas atuais da economia. Nem a Presidente e nem o Ministro da Fazenda irão bater à porta da empresa para entregar a solução. É preciso trabalhar com capacitação para usufruir dos benefícios possíveis que o mercado globalizado oferece. Afinal de contas, mesmo que pareçam negativas no primeiro momento, as crises com certeza são grandes produtoras de oportunidades.

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Marcelo Raupp
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Brasil busca fortalecimento bilateral com Estados Unidos

                Amigos leitores, o tema desta semana é a tentativa de aproximação comercial entre Brasil e Estados Unidos, iniciada com a visita do ministro Armando Monteiro aos Estados Unidos em fevereiro. O objetivo principal do protocolo é facilitar e otimizar o comércio bilateral. Como resultado positivo desta visita, o secretário de comércio exterior do Brasil Daniel Godinho, e dos Estados Unidos, Kenneth Hyatt, assinaram em março, na Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber of Commerce), em Washington D.C., o Memorando Bilateral sobre Facilitação de Comércio, estabelecendo um conjunto de ações de cooperação entre os dois países. Este á um passo importante para o fortalecimento da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos.

Identificando setores promissores

                A primeira ação a ser tomada em conjunto por Brasil e Estados Unidos é a identificação de setores econômicos estratégicos para que possam ser desenvolvidas medidas que facilitem os procedimentos de comércio internacional promovendo a aceleração do desenvolvimento nestes setores.

Convergência regulatória

                Outro tema importante incluído no memorando foi a intenção de convergência entre órgãos regulatórios de Brasil e Estados Unidos (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro e National Institute of Standards and Technology – NIST), órgãos normatizadores (Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e American National Standards Institute – ANSI) e a iniciativa privada dos dois países. A divergência normativa força a adaptação parcial ou total de produtos elevando custos e criando barreiras para o comércio internacional.

Brasil e Estados Unidos buscam padronização de normas no setor cerâmico

                A Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer) e a Tile Council of North America (TCNA), entidades representativas do setor cerâmico no Brasil e nos Estados Unidos, desenvolveram acordo, estabelecendo as etapas para se alcançar maior alinhamento entre as normas técnicas. Este é um passo importante para nossa região, pois somos um dos principais polos cerâmicos do mundo, e ações como esta facilitam o direcionamento da produção para o mercado americano, principalmente em um momento econômico em que o dólar passa a ser um aliado nas exportações.

Setor de máquinas, equipamentos e têxtil também serão priorizados

                O diálogo entre os dois países também inclui como prioritários outros setores, tais como máquinas, equipamentos e têxtil. Brasil e Estados Unidos estabeleceram como meta trabalhar em agendas setoriais, com acompanhamento dos governos, com o intuito de gerar resultados concretos. O mais importante de tudo é que o Brasil trabalhe efetivamente em prol da criação de medidas verdadeiramente unilaterais, evitando uma imposição unilateral do governo americano.

Renato Barata Gomes

Os Objetivos do Plano Nacional de Exportações

Como falamos algumas vezes por aqui, ontem, a presidente Dilma lançou o Plano Nacional de Exportações com o objetivo de ampliar o comércio exterior do país. O plano prevê maiores financiamentos para as empresas exportarem, diversificação de acordos com países para estimular o mercado brasileiro no exterior e a tentativa de desburocratizar os processos. Na verdade, a intenção com esse plano é buscar os consumidores que o Brasil atual não tem. Ou seja, o governo brasileiro tenta compensar a falta de condição de compra do brasileiro, encontrando consumidores com maior poder de compra no exterior.

Esta falta de consumo no Brasil hoje é causada principalmente pela inflação e pela dificuldade de crédito. Sem compradores para os seus produtos, as empresas ficam com dificuldades de cumprir com suas resposabilidades, inclusive os salários dos funcionários. Consequentemente, as demissões acontecem e, sem emprego, a condição de compra do brasileiro piora ainda mais. Para acabar com este ciclo, o governo então estimula as exportações para suprir essa demanda inexistente e propiciar maiores condições às empresas. Com o aumento da rentabilidade com as vendas no exterior, as empresas conseguem empregar mais e, naturalmente, o poder de compra do brasileiro volta a aumentar. Por isso, este trabalho intenso para estimular as exportações, o qual, na verdade, é a saída mais tangível para a situação econômica brasileira.

Resumidamente, o Plano Nacional de Exportações é uma oportunidade para estimular as vendas, a produtividade e a condição para as empresas se manterem no mercado. O diferencial está na forma de as empresas fazerem a leitura. A semente foi dada. Agora, depende de cada empresa a profissionalização e a condição para essa semente gerar frutos.

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Marcelo Raupp
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