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É a hora de exportar!

As circunstâncias econômicas têm mostrado a cada dia que o empresário moderno, para se manter competitivo, deve apostar no mercado internacional. Indubitavelmente, nestes tempos de crise, os detalhes na profissionalização serão os diferenciais para manter a empresa no mercado. E encontrar o caminho certo para importar e exportar não são mais estratégias opcionais, são, sim, parte de um contexto necessário. Para se ter uma ideia de como precisamos melhorar, hoje, apenas 20 mil empresas brasileiras são exportadoras e 40 delas respondem por mais de 50 % das exportações.

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Por isso, esta semana, o ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Armando Monteiro, preparou o Plano Nacional de Exportação, o qual deve ser anunciado no dia 23 pela presidente. Este plano, na verdade, é um programa para incentivar as empresas a levarem seus produtos para o mundo. O objetivo é criar métodos que facilitem o acesso às vendas internacionais mediante 5 pilares anunciados. São eles: 1) acordos comerciais com busca de países parceiros; o governo tem feito isso com China, Uruguai, México, União Européia e Estados Unidos; 2) facilitação do comércio através da desburocratização de processos – o objetivo é reduzir o tempo de permanência nos portos e dar mais competitividade às empresas; 3) financiamento, seguro e garantia das operações para certificar o resultado positivo dos processos; 4) melhora dos regimes tributários especiais como, por exemplo, o Drawback; e também a 5) promoção comercial com o fomento de feiras, eventos e encontros de negócios.

O objetivo do governo, na verdade, é buscar alternativas para os problemas de consumo que temos no país. Se não há consumidores locais, é fundamental busca-los em outras partes do mundo. Por isso, é o momento ideal para as empresas aproveitarem esses incentivos do governo, buscarem capacitação a respeito do processo de internacionalização, encontrar parceiros especializados para obter uma orientação profissional e, no final de tudo, aproveitarem o status e os benefícios gerais de ser uma empresa exportadora.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

O Anúncio de Melhorias na Infraestrutura

O programa de concessões lançado pelo governo e que gerou o cenário positivo de ontem no mercado traz, logicamente, algumas preocupações quando analisado nos detalhes, como já vimos aqui. Mas, da essência, podemos tirar aspectos positivos e melhorias que podem beneficiar a economia regional.

Dos quase 200 bilhões de investimentos previstos pelo governo para os próximos anos, divididos para rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, uma pequena parte já tem Santa Catarina como destino. O aeroporto de Florianópolis, por exemplo, deve receber 1,1 Bilhão para ampliação de pátios de aeronaves, pistas e terminais de passageiros, o que deve aumentar o fluxo de cargas e pessoas na região. No âmbito marítimo, o Porto de São Francisco do Sul deve receber em 2016 investimentos para melhorias nos terminais para contêineres, o que amplia as opções no mercado e favorece na qualidade do serviço e na flexibilização dos preços cobrados pelos terminais atuais. Os investimentos em rodovias também devem  acontecer em etapas por aqui e assim melhorar o fluxo de cargas e pessoas, dentre outras ações.

Os investimentos em infraestrutura são fundamentais para retomar o crescimento da economia no país e dar mais qualidade de vida aos cidadãos. Mesmo que a médio e longo prazo, as empresas precisam de expectativas de crescimento para melhor se posicionarem no mercado global. Claro que, no Brasil, sabemos que os anúncios das intenções acabam sendo bem diferentes na prática. Agora, se tudo fluir como anunciado pelo governo, a expectativa é de resultados promissores.

Há muitos anos, meu primeiro chefe dizia que o ovo da galinha é o mais consumido e o mais popular nos mercados pelo barulho que a galinha faz quando o coloca. Afinal, não vemos com tanta frequência ovos de outras aves mais silenciosas à disposição por aí. O que esperamos desse barulho federal com o anúncio do programa de concessões é que pelo menos um grande omelete seja servido e satisfaça de fato todos os cidadãos brasileiros.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

 

Pagamentos Internacionais

Pagamentos internacionais

                No início das operações de comércio exterior, seja ela importação ou exportação, muitas pessoas se perguntam: Como vou pagar ou receber valores em moeda estrangeira? Tomando como exemplo a importação, existem diversas formas para se realizar pagamentos internacionais. Para montantes pequenos, é possível realizar o pagamento com cartão de crédito internacional, remessa de dinheiro como Western Union, ou pagamentos online como Paypal. Para montantes maiores, uma das formas mais simples é a transferência bancária internacional. Cada modalidade tem suas normas e regras. Por isso, é importante analisá-las e escolher a melhor forma de pagamento que se adeque a sua necessidade.

A transferência bancária internacional

                Por ser uma modalidade comum nas empresas que operam no comércio exterior, gostaria de detalhar um pouco mais esta modalidade. A transferência bancária internacional ocorre quando uma empresa no Brasil precisa realizar um pagamento, em moeda estrangeira, pela compra de produtos importados. Para realizar a conversão do real para a moeda estrangeira, precisamos realizar uma operação cambial, que é operada por uma mesa de câmbio em uma instituição financeira homologada pelo Banco Central do Brasil. A função da mesa de câmbio é fazer a gestão das operações cambiais, ofertando a cotação da moeda estrangeira, e posteriormente comprando ou vendendo as moedas estrangeiras para que a empresas possam realizar seus pagamentos ou receber ordens de pagamento do exterior.

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E na prática, como a moeda é trocada?

                Na prática, o correntista da instituição financeira não irá tocar fisicamente a moeda estrangeira. Após receber a cotação da taxa cambial através da mesa, e confirmar a operação de câmbio, o valor pago será debitado, em reais, da conta corrente do importador no mesmo dia do fechamento de câmbio, e será creditado na conta corrente do exportador, em moeda estrangeira, normalmente dois dias úteis após a data da operação realizada.

Existe alguma ferramenta financeira para minimizar a instabilidade do dólar?

                Como estamos acompanhando nos últimos meses em nosso país, a instabilidade do dólar tem promovido especulação e pânico nas empresas. Com o intuito de minimizar os riscos de exposição cambial e promover um melhor planejamento orçamentário, as instituições financeiras oferecem algumas ferramentas interessantes para momentos de turbulência econômica. Hoje, comentarei sobre uma delas, o câmbio futuro. Basicamente, neste tipo de operação, a empresa contrata a taxa cambial na data de hoje, mas o crédito ao exportador ocorrerá somente no futuro em um prazo acordado com a instituição financeira. Desta forma, o empresário já sabe qual o valor em reais será debitado de sua conta no futuro, independente das oscilações do mercado, garantindo maior controle orçamentário.

Risco Cambial x Planejamento Orçamentário

                É claro que muitos podem pensar: “Mas se no futuro o câmbio diminuir, eu terei prejuízo na operação!” É muito importante termos a consciência de que as ferramentas de minimização de risco cambial, não são criadas para garantir lucro nas operações, mas sim otimizar a gestão orçamentária dos empresários. Menos ansiedade, menos dor de cabeça e melhor planejamento!

As Negativas da Balança Comercial Catarinense

Assim como nas exportações, as importações catarinenses também caíram mais do que a média nacional em maio. Com relação ao mês de abril, houve uma queda de 12,25% nas importações catarinenses, enquanto no Brasil a redução média foi de 4,48%. Essa mesma diferença foi percebida nas exportações, o que mostra uma redução nos negócios gerados pelo estado.

balança comercial catarinense maio

Mesmo com essa redução nos valores importados, houve um aumento nas importações da China, o que mostra uma tendência de busca maior no país asiático. Origens como Argentina, Estados Unidos, Chile, Alemanha e Índia compensaram com quedas significativas.

Com reduções similares nas importações e nas exportações, o estado de Santa Catarina manteve a sua balança comercial negativa, já que o número importado ainda é maior que o número exportado, causando este déficit comercial. Em âmbito nacional já se percebe uma alteração no cenário com as exportações superando as importações, o que não acontecia desde 2009, quando o dólar caiu para o patamar de R$1,65. O acumulado do ano ainda é negativo, mas tudo indica que isto pode mudar nos próximos meses.

Em geral, uma balança comercial favorável é interessante para o país, já que assim entram mais divisas financeiras do que saem. Como, no caso do Brasil, há uma preocupação intensa com o controle da inflação, já que é a base do plano econômico, as importações devem continuar sendo estimuladas. A expectativa, no entanto, é que as exportações continuem sendo maiores para que, assim, o país tenha uma balança comercial mais equilibrada.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

Santa Catarina Mais Perto das Exportações Brasileiras

Na última sexta-feira, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, FIESC, apresentou os dados formatados da balança comercial catarinense do mês de maio. Em geral, os números ilustram a dificuldade da economia que temos falado bastante aqui e aproximam um pouco mais Santa Catarina à realidade da média nacional.

Exportados

Mais uma vez, as expectativas de aumento das exportações, pelo novo patamar cambial, foram frustradas e o resultado trouxe uma redução de 3,6% em relação a abril. Enquanto em Santa Catarina tivemos este revés, na soma geral dos estados brasileiros, houve um aumento de 10,64% no valor exportado no mesmo período. Em maio, Santa Catarina foi responsável por 4,52% da exportações realizadas pelo Brasil. Em abril, este participação era de 5,2%, evidenciando uma diminuição proporcional das exportações catarinenses.

Dentre os produtos mais exportados por Santa Catarina estão o Frango e a Soja, esta última com desempenho de maior volume, representando 18% do total. Outro produto que merece destaque pelo crescimento é o Tabaco, o qual representa 6% do volume total e teve um aumento de praticamente 15,49%, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Olhando os números, arrisco dizer que este mês de junho deve ser bem mais favorável para as exportações da região. Com o fim do embargo das carnes por África do Sul, Arábia Saudita, China e Iraque, o que deve aumentar o número de produto exportado, e o aumento do preço da soja na bolsa de Chicago, o que deve aumentar o valor exportado, os números prometem aumentos consideráveis. É o que todo catarinense espera.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br