Blog da UNQ

As Diferenças nas Negociações Internacionais

Mesmo que o dólar tenha caído nos últimos dias, chegando a R$3,01, a diferença com a média do ano passado é muito grande. Com essa alta da moeda americana, as empresas brasileiras têm que buscar em outras variáveis a compensação por este aumento de custo, melhorando o desempenho em outros aspectos para manter a competitividade da sua operação. E uma das possibilidades é o aprimoramento na negociação internacional. Melhorando suas técnicas, é possível conseguir melhores condições comerciais, recuperando sua perda com a alta do dólar.

Para isso, é importante entender as diferenças a serem consideradas em uma negociação internacional. 1) Os aspectos culturais são os mais aparentes e intrigantes. Saber como dizer ‘bom dia’ no idioma nativo é, por exemplo, uma grande possibilidade de aproximação imediata, quebrando um possível distanciamento existente. Conhecer os valores e hábitos sociais, entendendo, por exemplo, que os russos negociam tomando vodca e os alemães consideram os atrasos uma grande falta de respeito, pode ser um diferencial no caminho de uma negociação bem sucedida.

Outras diferenças importantes na negociação internacional que devem ser consideradas são as 2) diferenças do sistema jurídico. Saber a carga tributária e a legislação trabalhista do país com o qual se está negociando pode proporcionar vantagens de informação para negociar bem. Por fim, as 3) diferenças político-administrativas também são fundamentais. Conhecer o regime de governo e a infraestrutura disponível, por exemplo, darão vantagem neste processo de negociação internacional. Entender o valor da moeda e as condições econômicas do país podem dar vantagem nas condições de preços que a outra parte pode chegar.

Claro que as negociações sempre irão apresentar interesses comuns e conflitantes. O importante, neste processo internacional, é desenvolver objetivos e estudar o mundo dos negócios para poder melhorar continuamente os resultados obtidos.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

 

Eficácia Administrativa – Eles querem nos enganar

Por que a China é esta potência de crescimento? Claro que isso não é uma resposta simples, já que alguns fatores estão envolvidos. Mas um grande motivo de a China ter crescimentos impressionantes é a eficácia administrativa. A administração atual precisa mudar com a evolução da tecnologia, a evolução cultural. A China, e algumas nações desenvolvidas, conseguem fazer isso rapidamente. Outras têm grandes dificuldades de mudança, o que afeta os resultados de sua administração.

sindicato

Infelizmente, é isso que vimos aqui no Brasil. Um dificuldade de acompanhar a evolução das coisas. Dificuldade no desenvolvimento em infraestrutura (quanto exemplos temos a respeito como a BR e o nosso famigerado aeroporto de Jaguaruna). Dificuldade também em adaptar a legislação como, por exemplo, da maioridade penal. São diferentes intervenções por interesses particulares (e não interesses de um todo) que atrasam a evolução do país. Infelizmente, vivemos em uma falsa democracia, com uma gestão baseada em interesses particulares.

Outro exemplo atual da ineficácia administrativa brasileira é o projeto de lei que busca a possibilidade de terceirização das atividades fim, o qual estamos discutindo há dez anos e que já deveria estar acontecendo há tempos, pela necessidade de preencher essas lacunas organizacionais de leis ultrapassadas. A terceirização não é prejudicial aos trabalhadores. Muito pelo contrário, é um caminho para melhorar as condições das empresas para oferecer melhores opções e condições de trabalhos. Mas, mais uma vez, penamos pelos interesses particulares, calçados pela preocupação dos sindicatos de perderem o poder que possuem hoje.

Fico imaginando um mundo sem fronteiras quaisquer, onde as empresas internacionais, com suas legislações atuantes, concorressem diretamente com as empresas brasileiras. Quem o leitor acha que seria mais competitivo e teria os trabalhadores com melhores condições? Uma empresa com uma administração moderna, com melhores condições de adaptação a realidade e opções de trabalho melhores (inclusive a da terceirização das atividades fim) ou uma empresa embutida em uma gestão ultrapassada, presa às condições laborais antigas, sem competitividade?

Precisamos parar de usar a falsa e enganadora justificativa de que a China é uma potência pela escravidão trabalhista. Escravidão é essa que vivemos, onde cada mudança para melhor é quase uma guerra civil. A China é potência por sua eficácia administrativa e por uma democracia que é muito mais real do que a nossa.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

As especulações influenciam na alta do dólar?

A sessão desta segunda, 13/04, proporcionou uma nova alta no dólar influenciada pela divulgação de dados negativos sobre a economia da China. As exportações do país caíram 15% em março, o que gerou preocupação sobre a desaceleração do crescimento chinês. Com crescimento menor, existe a expectativa de que o país asiático importe menos, inclusive do Brasil. Se a China importar menos produtos brasileiros, a quantidade de dólar no país diminui, já que entram menos pagamentos internacionais. Com menos dólares circulando aqui, o preço tende a aumentar.

O problema é que são todos aspectos especulativos. Ou seja, são possibilidades de acontecimentos, não são fato consumados. Mas que já geram consequências no mundo global. Trazendo para um exemplo caseiro, é como se a Tigre Maníacos aumentasse o preço dos produtos agora, divulgando que o time do Criciúma terá um excelente desempenho na série B pelas contratações realizadas. Seria um aumento por puro aspecto especulativo, como neste caso do dólar. Felizmente, ou infelizmente, deste contexto a gente tem mais controle, diferentemente do que acontece na oscilação cambial pelos investidores especulativos.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

Importação Estratégica – O dólar não é a única variável a ser analisada

Os questionamentos sobre a viabilidade de importação, haja vista o aumento do dólar, são cada dia mais constantes. E isso é tão interessante e tão oportuno na situação econômica atual que sempre que possível vamos trazer novas respostas aos leitores.

É natural que o custo da importação aumente pela alta do dólar. Mas será que essa é a única variável que precisamos considerar no processo de importação? Claro que não. Outros tantos fatores são importantes. O aperfeiçoamento logístico, por exemplo, é fundamental. Encontrar mecanismos que otimizem os custos é um processo que demanda especialização.

Além disso, é importante estar atento as oportunidade do mercado global. Com a redução do preço do barril do petróleo e também da demanda de transportes internacionais, temos visto uma redução bastante significativa nos fretes marítimos entre os países. O transporte de um container de 20 pés vindos da China, por exemplo, atualmente pode ser contratado por USd450,00. No ano passado, tivemos picos de USD1800,00 com o mesmo itinerário e o mesmo tipo de container. Uma redução de 75%. Para produtos de valor agregado menor, por exemplo, esta diferença pode compensar a alta do dólar.

Claro que o estudo deve ser feito na particularidade de cada produto e cada negócio. O que não se pode fazer é generalizar o conceito de que a alta do dólar inviabiliza a importação. A empresa que tratar desta forma, com certeza, estará a um passo de perder espaço neste mercado tão competitivo.

E, pensando nisso, a ACIC e a UNQ Import Export prepararam o curso de Importação Estratégica para condicionar as empresas da região a quebrar paradigmas e aprofundarem o tema, buscando vantagens em cada detalhe do mundo dos negócios. A convite da ACIC, eu serei um dos instrutores do curso, que começa no dia 16 e as inscrições podem ser feitas através do email cursos@acicri.com.br. Para maiores informações, acesse o link http://www.acicri.com.br/noticia/curso-traz-informacoes-sobre-importacao-estrategica-4617.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

Globalização na Educação

O atraso na educação Brasileira

Este é um tema muito importante importante para o nosso país. Acaba ser divulgado pela UNESCO que o Brasil só conseguiu atingir 2 das 6 metas estabelecidas no ano 2000 no “Marco de Ação de Dakar, Educação Para Todos (EPT): Cumprindo nossos Compromissos Coletivos”. Os objetivos alcançados pelo Brasil foram o alcance da educação primária universal e o alcance da paridade e a igualdade de gênero, isto é uma proporção parecida de homens e mulheres na escola. As metas não cumpridas foram: educação e cuidados na primeira infância, habilidades para jovens e adultos, alfabetização de adultos e qualidade na educação.

Já pensaram em fazer cursos grátis em Harvard ou no MIT? Esta oportunidade já está disponível para todos!

               Com o intuito de dar acessibilidade a conteúdo de qualidade a jovens e adultos, muitas universidades começaram a desenvolver o chamado MOOC, sigla que em inglês significa Massive Open Online Course, no português Curso Online Aberto e Massivo. São plataformas online que oferecem cursos de universidades mundialmente reconhecidas como Harvard, Stanford, MIT, entre outras. Alguns cursos já são oferecidos com legendas em português. Cito aqui três plataformas que vocês devem conhecer: Veduca, Coursera e edX. Alguns MOOCs fornecem certificados de participação, outros ainda não. Certamente é um conceito que está revolucionando a educação no mundo. Será que algum dia poderemos fazer uma faculdade ou um MBA em Harvard sem pagar nada? Enquanto isto não acontece, aproveitem a oportunidade de aprofundarem seus conhecimentos e enriquecerem seus currículos através dos cursos disponíveis nas mais diversas áreas de ensino.

Educação gera inovação…

                Não tenho dúvida em afirmar que a qualidade da educação e a pesquisa direcionada ao mercado são os maiores propulsores da inovação. Atualmente, inovação é um tema bastante em alta no Brasil, tanto na academia, quanto na indústria. Um dos indicadores que demonstra o nível de inovação em um país, é o número de registros de patentes. Utilizo este indicador para demonstrar um gráfico do relatório anual feito pela World Intellectual Property Organization, que compara o registro de patentes realizados nos 10 maiores escritórios de patentes de cada país no ano de 2013. Para aqueles que acham que a China só sabe copiar produtos, este índice mostra que eles vêm se preparando e investindo muito para se tornarem a maior potência mundial também no quesito inovação.

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Fonte: World Intellectual Property Organization

Inovação e as Startups

                Startups são empresas inovadoras de capital fechado que levantam recursos através de capital de risco. Você conhece a Snapchat, Dropbox, Airbnb, Flipkart, Spacex, Palantir, Uber, Xiaomi? Estas empresas estão avaliadas em mais de US$ 10 bilhões, exemplos de empresas inovadoras modernas que têm um grande impacto na economia de um país. Espero ter despertado em vocês a reflexão de que educação e inovação são elementos cruciais para o futuro do nosso país, e que o Brasil precisa investir pesado em programas que facilitem a integração dos projetos de pesquisa nas empresas com as universidades.