Blog da UNQ

É importante conhecer a cultura internacional?

Muita gente me pergunta se é importante conhecer a cultura internacional para internacionalizar a sua empresa. Eu sempre respondo que sim. É fundamental conhecer as diferenças culturais. Não só elas, mas outras diferenças também.

1) As diferenças administrativas, entendendo como é a moeda corrente do país, sua infraestrutura e o seu regime de governo. 2) As diferenças legais, jurídicas, sabendo como funcionam os impostos no outro país, suas leis trabalhistas, entre outras coisas. E, por fim, 3) as diferenças culturais, onde entram o idioma, os hábitos sociais e, também, a própria religiosidade, que muitas vezes é fator decisivo nos negócios.

Um exemplo disso é o calendário chinês, que difere do nosso aqui. A comemoração do ano chinês não acontece de dezembro para janeiro como somos acostumados, mas, sim, em fevereiro. Oficialmente, o governo chinês concede uma semana para a comemoração para essa virada. Mas, culturalmente, e o que de fato acontece é que a China para um mês, já que o seus operários moram muito longe de onde trabalham e aproveitam a data para visitaram a família nesta única vez ao ano. Ou seja, em fevereiro, a China para e não há produção qualquer neste período.

Este conhecimento é importante para que as empresas brasileiras importadoras da China não tenham problema de falta de produto em estoque e possam planejar suas compras de forma a carregarem antes do feriado chinês e assim não se desabastecerem por conta desta parada na China.

Por isso, é fundamental conhecer essas diferenças entre os países. O grau de entendimento dessas diferenças é que pode levar ao sucesso ou ao fracasso nas negociações internacionais.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

 

O Profissional de Comércio Exterior

A educação no comércio exterior
O início de mais um ano letivo nas universidades, me faz refletir sobre a educação e o profissional ligado aos negócios internacionais. Mesmo que ainda tenhamos muito para melhorar, é fato que a nossa cidade se desenvolveu muito neste sentido nos últimos 20 anos. Completei meu ensino médio em 1995 e poucas eram as opções de estudo superior em Criciúma. Prova disto é que a maioria dos alunos, com interesse em cursar uma faculdade, prestava vestibular em instituições localizadas em Florianópolis, Porto Alegre, entre outras cidades ainda mais distantes. Hoje em nossa região, temos oportunidade de cursar os mais diversos cursos. Leciono desde 2007 na Faculdades Escucri e posso afirmar que as instituições do sul de Santa Catarina estão preparadas a oferecer educação de qualidade aos que buscam um ensino que integra os conceitos teóricos com a prática do mercado de trabalho.

O profissional de Comércio Exterior
Percebemos cada vez mais a exposição das pessoas e empresas à globalização. Todas as profissões podem de alguma forma ter contato com o comércio exterior. Agricultores exportam grãos, engenheiros importam e exportam equipamentos, farmacêuticos importam medicamentos, advogados defendem ações de empresas multinacionais, etc. Entretanto, para lidar com a gestão dos processos de importação e exportação, é preciso estar capacitado. Os cursos superiores que preparam o profissional para a gestão do comércio exterior são principalmente os cursos de Administração de Empresas, com habilitação em Comércio Exterior, e o curso de Relações Internacionais.

Adquirindo competências comportamentais
O profissional de comércio exterior estará diariamente sendo testado não só por suas habilidades técnicas, mas também por suas habilidades comportamentais, também chamadas de soft skills, principalmente no aspecto da gestão das diferenças culturais imersas no ambiente corporativo, como por exemplo, empresas multinacionais que adotam idiomas estrangeiros como sua forma oficial de comunicação, compreender as entrelinhas de uma negociação internacional onde o estilo de vida e os modos entre as partes são algumas vezes antagônicos, ou simplesmente na forma de saludar um estrangeiro. Na minha opinião, a forma mais interessante de adquirir tais competências é a realização de intercâmbio internacional.

Intercâmbio internacional
É uma forma rápida e intensa de se adquirir experiências pessoais que farão muita diferença na vida e na carreira de qualquer um. É o tipo de atividade que não deve ser considerada como despesa, mas sim investimento. Tive duas experiências de intercâmbio internacional. A primeira durou seis meses e a segunda seis anos. Não há um dia sequer que, de alguma forma ou outra, não lembre dos ensinamentos que obtive durante este tempo fora e é um ativo que ninguém nunca poderá tirar de mim. Atualmente, existem diversas empresas que oferecem intercâmbios com preços acessíveis ou até mesmo remunerados. O governo brasileiro parece também ter despertado para isso, e estão oferecendo bolsas de estudos no exterior já em nível de graduação, como no caso dos programas Ciências sem Fronteiras e Inglês sem Fronteiras. Aproveitem estas oportunidades.

Grande abraço a todos!

Renato Barata Gomes
renato.barata@unq.com.br

Aumento do Dólar? E Eu com Isso?

Temos visto e falado sobre este aumento do dólar, pulando da faixa de 2,40 para 3,20, e o amigo leitor pode se perguntar diariamente “o que eu tenho com isso?”. É uma pergunta bem pertinente, já que quando falamos em variação cambial, a conotação pode ter uma interpretação exclusivamente empresarial. Mas a verdade é que a influência é para todo mundo.

Primeiro, sabemos que o acesso às viagens internacionais é muito mais intenso do que no passado e o impacto no custo destas viagens é imediato. Segundo, que a curto prazo, o aumento do dólar gera uma dificuldade generalizada nas empresas. Com essas dificuldades, as empresas têm que buscar soluções de otimização de custo que, muitas vezes, são baseadas na redução de pessoal, aumentando a taxa de desemprego.

Em terceiro e, talvez, o mais importante, o aumento de preços generalizado causado pela indexação ao dólar dos produtos nacionais e/ou pelo aproveitamento das circunstâncias por alguns setores. Ou seja, literalmente as empresas se aproveitam para aumentar os preços pela oportunidade. Em outros casos, quando há demanda (não é o nosso caso atual), a alta do dólar dificulta a concorrência externa dos produtos importados, o que enseja o aumento dos preços dos produtos nacionais. Sem concorrência externa, e com a demanda maior do que a oferta, os preços são elevados. Isso tudo gera o aumento da inflação e impacta no bolso do cidadão.

Por isso, é fundamental que todos estejam atentos às mudanças no câmbio e também às perspectivas de mercado para, assim, garantir segurança ao planejamento financeiro individual.

Por ora isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

O Câmbio e Possibilidades de Exportação para a China

Já estamos em São Paulo depois de uma longa viagem da China. Foram aproximadamente 21 horas de vôo até aqui e o fuso horário ainda tem confundido um pouco. Eu diria que ainda estou um pouco “con fuso”.

Com a previsão de uma taxa média do dólar em torno dos R$3,00 para o ano, exportar para a China pode ser uma alternativa interessante. São 2,3 bilhões de consumidores potenciais e encontrar um produto interessante para atender esta demanda pode ser um desafio recompensador. Para termos uma ideia, em 2014, os chineses compraram 420 milhões de smartphones, é como se praticamente todos os Brasileiros tivessem comprado 2 cada um. Uma ideia interessante é entrar com produtos de alimentos, onde a China não é tradicional produtor e ainda não tem a cultura bem desenvolvida. Como os cafés especiais, por exemplo. O pioneirismo poderia produzir grandes frutos com o crescimento do interesse por este tipo de consumo.

E por falar em dólar, ontem, tivemos a segunda queda seguida e a taxa fechou em R$3,12, seguindo a tendência mundial de desvalorização da moeda americana. O anúncio do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre o cumprimento dos contratos cambiais que estão vencendo, também tiveram efeito positivo no mercado.

O Banco Central também anunciou no final do dia que interromperá as intervenções diárias no mercado cambial em 31 de março, o que levará a moeda brasileira ao seu real valor. Com essa redução de oferta de dólar no mercado, é possível que em Abril a moeda americana volte a subir. As ações do Governo, como o ajuste fiscal, para manter a credibilidade no exterior, serão fundamentais para um equilíbrio neste sentido.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

 

Globalização e as diferenças culturais

Globalização
Não podemos falar de comércio exterior sem tocar no tema Globalização. Um assunto tão discutido nos dias de hoje, mas muitas vezes utilizado de forma distorcida. Diversos bestsellers falam em globalização como se não existissem mais barreiras, fronteiras. Alguns dizem que o mundo se tornou uma aldeia global. Muitos, ao pensarem no mundo desta forma, se aventuram nos negócios sem estarem devidamente preparados para os obstáculos que encontrarão ao iniciar o desenvolvimento de projetos de importação, exportação ou outras experiências internacionais.

Diferenças culturais
Um dos primeiros aspectos que nos deparamos quando vamos prospectar negócios internacionais é o aspecto cultural. Dentro de nosso próprio país, já percebemos diferenças culturais acentuadas. Imaginem se pensarmos cultura no âmbito global: idiomas, modo de se vestir, religião, estilo de vida, comportamentos dentro das empresas, condutas éticas, valores, bons modos, sistemas políticos e econômicos, etc. Poderia listar uma infinidade de diferenças encontradas ao cruzarmos as fronteiras entre países, que têm impacto direto na cultura de um país. Cultura internacional é um tema muito especial pois são conhecimentos tácitos que não adquirimos facilmente na escola ou universidade. Precisamos vivenciar a exposição cultural para que possamos compreendê-la melhor.

E por falar em cultura internacional, um mico na Argentina
Em uma viagem de férias à Argentina, um casal foi fazer um passeio em Buenos Aires. Estava chovendo, e eles iriam fazer um passeio com outras pessoas desconhecidas que estavam no mesmo hotel. Ao entrar na van, o marido apresenta sua esposa às outras pessoas dizendo em “portunhol”: “mi mojé” O Argentino sentado ao lado logo respondeu: “Me mojé también”, afirmando que também havia se molhado com a chuva.

Mas deixem os micos só para as férias
A barreira do idioma, que em algumas situações pode resultar em boas risadas, no mundo dos negócios pode gerar grandes transtornos e muitas vezes inviabilizar projetos. Prepare-se ou busque assessoria especializada. O conhecimento de idiomas pode aumentar muito as chances de sucesso nos negócios.