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Planejamento logístico pra quê?

O problema de demanda interna, o qual temos falado bastante, tem trazido problemas também às perspectivas de desenvolvimento logístico, já que a desconfiança de consumo afasta as empreiteiras do interesse de investir em infraestrutura por não terem o retorno de investimento garantido. E o governo, com dificuldades de implantar o ajuste fiscal, não está disposto a comprometer bilhões de reais para garantir um plano eficaz de melhorias.

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Em termos práticos, as empresas brasileiras perdem em alguns aspectos com a deficiência logística. Cada tipo de transporte apresenta uma condição melhor dependendo do tipo de produto, o tempo que precisa levar, a segurança em termos de roubos e quebras e o custo o qual o mesmo proporciona. O transporte marítimo, por exemplo, ao mesmo tempo que é o mais barato é o mais lento. E cada tipo de transporte tem suas características neste sentido.

Quando as empresas podem escolher o modelo mais adequado, elas podem usar a logística de forma estratégica, ganhando competitividade. Se não há opções, as empresas precisam se adequar ao modal disponível, perdendo em competitividade na concorrência global. É o que acontece no Brasil com a dependência no transporte rodoviário.

Mesmo com as condições naturais propícias, o país sofre com a falta de planejamento logístico, inibe o crescimento e impõe mais um desafio ao empresário brasileiro na busca por sustentabilidade de mercado.

Por ora era isso! Na Zdrowie!

Marcelo Raupp
marcelo.raupp@unq.com.br

O autor

Marcelo Raupp

Marcelo Raupp

Negócios na Ásia

Sócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.

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Comentários

  1. Planejamento pra que, né? Desde os primórdios do nosso país a infraestrutura rodoviária foi “Planejada” pelos burros, cavalos e outros animais. A evidência disso está no traçado das autoestradas, BRs, SC, PR, RS, etc.., que foram simplesmente pavimentadas sobre o caminho das carroças, deixando o resto de lado. Planejamento pra que, né? Se uma classe política de determinado lugar consegue alterar o traçado de uma autoestrada rural para passar no meio da cidade com a desculpa de trazer o desenvolvimento transformando em caos todo o entorno. (veja tubarão, por exemplo, e todas as cidades que depois acabaram se rendendo aos anéis de contorno). Planejamento para que? Se no final, quando se tem um problema, no lugar de pensar, simplesmente duplica-se do tipo “aproveita-se o acostamento”, coloca-se um viaduto do tipo “puxadinho”, enfia uma passarela de qualquer jeito, e depois de pronto vamos ver o que dá… e isso é nada mais do que a seguinte forma de “engenharia” de infraestrutura: “Vamos resolver aqui e depois de pronto vamos ver para onde o problema será transferido”. Imagina se usássemos o cérebro para pensar e planejar???