Blog da UNQ

Por que criar o Plano Nacional de Exportações?

Coluna desta quarta-feira (15) do jornal A Tribuna, com Renato Barata Gomes, diretor da UNQ Import Export, confira:

Por que criar o Plano Nacional de Exportações?coluna Renato 15.06.2016

Estima-se que o mercado global corresponde a um PIB de aproximadamente 32 vezes o PIB brasileiro. O Brasil ainda é um exportador de matéria-prima e importador de produtos de maior valor agregado. Além disso, as exportações brasileiras não refletem o tamanho da nossa economia. Enquanto somos a 9ª economia mundial, o Brasil ocupava a 25ª posição em 2015 e estima-se que poderá cair para 29ª em 2016. As vendas internacionais brasileiras representam menos de 2% das exportações do planeta.

Quais os objetivos do Plano nacional de Exportações?

O interesse do Brasil pelo comércio internacional está diretamente ligado ao desenvolvimento do país e ao aumento do PIB e da geração de renda. Entretanto, indiretamente, o comércio exterior gera grandes benefícios ao país. Dentre os principais, podemos citar:

-A manutenção e ampliação de empregos devido ao crescimento das empresas através do aumento da participação no mercado global;

-Devida à concorrência internacional, empresas precisam investir no seu capital humano, para que possa crescer e desenvolver produtos com mais qualidade e menor custo;

-Com objetivo de gerar vantagem competitiva internacional, empresas exportadoras investem cada vez mais em inovação tecnológica e processos;

-Quanto mais empresas vendem produtos brasileiros de qualidade em diferentes países, mais forte fica a marca “Made in Brazil” internacionalmente.

Os cinco pilares do Plano Nacional de Exportações para atingir os objetivos

  1. Mapa estratégico de mercados: fortalecimento comercial com 32 países:
  2. África e Oriente Médio: África do Sul, Egito, Nigéria, Argélia, Angola, Moçambique, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos;
  3. América do Norte e Europa: Alemanha, França, Rússia, Turquia, Reino Unido, Polônia, EUA, México e Canadá;
  4. Ásia e Oceania: China, Índia, Japão, Coréia do Sul e Austrália;
  5. Capacitação de Empresas para difusão da cultura exportadora: o governo busca ampliar os programas de capacitação de empresas, missões empresariais, intercâmbios culturais e programas setoriais em parceria com a APEX Brasil e Câmaras de Comércio;
  6. Facilitação do Comércio: o governo busca seguir o acordo de facilitação de comércio desenvolvido pela OMC. O acordo visa a padronização de boas práticas para desburocratização do comércio internacional, tais como a eliminação do papel nos controles administrativos e aduaneiros, bem como a otimização do tempo nos processos de exportação e importação.
  7. Financiamento e garantia às exportações: aumento de linhas de crédito com juros baixos para empresas exportadoras;
  8. Aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários de apoio às exportações: reformas tributárias visando otimizar créditos e ressarcimento de impostos como PIS/COFINS e ampliar a redução da carga tributária para empresas exportadoras.

O autor

Marcelo Raupp

Marcelo Raupp

Negócios na Ásia

Sócio-diretor da UNQ Import Export. Administrador de empresas formado pela ESAG-UDESC e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (FGV, Brasil). Especialista em International Business (Holmes Institute, Austrália). Experiência de mais de 15 anos na área de comércio exterior. Amplo conhecimento dos potenciais da indústria chinesa e da cultura do país asiático, com mais de dez visitas de longos períodos à Asia para a realização de negócios internacionais nos mais diversos setores. Consultor empresarial em negócios internacionais desde 2009 e grande incentivador das oportunidades internacionais no país.

Faça um comentário!