ESTRUTURA PORTUÁRIA – TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EFICIÊNCIA
Os equipamentos dos portos e como o maquinário determina a produtividade dos terminais.
Além de evoluírem em tamanho, os portos também se desenvolvem tecnologicamente a uma velocidade cada vez mais rápida. Para atender às demandas do transporte marítimo internacional, os investimentos em equipamentos são constantes. Afinal, são eles quem determinam o tempo necessário de operação para cada navio, a organização das cargas com o máximo de eficiência possível e evitam danos às mercadorias.
“A quantidade de equipamentos bem como sua performance individual influencia diretamente na produtividade do terminal”, resume o diretor operacional do Porto Itapoá, Sergni Junior. “Quanto mais equipamentos dedicados na operação de um navio e quanto mais rápidos estes forem individualmente, por exemplo, maior será a velocidade de operação deste navio, e consequentemente, menor será o tempo de permanência deste navio no porto”, detalha.
Dos portêineres aos transtêineres
Os equipamentos que interagem com os navios são os portêineres. A movimentação deles é “ship to shore”, ou seja, transportam os contêineres do navio para o cais e vice-versa. São aqueles guindastes imensos que se destacam na maioria das fotografias de um porto.
Com os contêineres já no cais, entram em ação os “Terminal Tractors”, caminhões que os transportam até o pátio. Para organizar a carga no pátio, existem os transtêineres, que podem ser RTGs (“Rubber Tyre Gantry”, isto é, guindaste sobre pneu) ou RMGs (“Rail Mounted Gantry”, ou guindastes sobre trilhos) e as empilhadeiras (Reach Stackers). “Alguns portos usam as Reach Stackers para operar os contêineres no pátio, mas a maioria utiliza os RTG ou RMG, deixando as Reach Stackers apenas para os serviços de posicionamento dos contêineres nos armazéns e nas áreas de inspeção dos terminais”, explica Sergni Junior.
Porto Itapoá
A expansão do Porto Itapoá, que começou no ano passado, prevê a aquisição de novos equipamentos. O número de portêineres vai mais que dobrar, passando de seis para 13. O projeto também inclui a chegada de mais 21 RTGs (para se somar aos atuais 17), cinco novas Reach Stackers (atualmente já são duas). Ao fim da expansão, o Porto Itapoá terá aproximadamente 80 caminhões (Terminal Tractors), 54 a mais do que tem hoje.
O mercado dessas máquinas, de acordo com o diretor operacional do Porto Itapoá, apresenta novidades e melhorias todos os anos. “Os fabricantes vêm produzindo, por exemplo, equipamentos totalmente automatizados, ou seja, que operam sem a intervenção humana. Além disso, essas empresas estão investindo fortemente em equipamentos movidos a energia limpa”, afirma.